quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

O SAUDOSO PROFESSOR AROLDO MURÁ (1940-2023) por Francisco Souto Neto.

O SAUDOSO PROFESSOR AROLDO MURÁ (1940-2023)

por Francisco Souto Neto.


Professor Aroldo Murá, como gostava de ser chamado (1940-2023).



Hoje, dia 3 de janeiro, através de seu mural deste Facebook, André Nunes comunicou o falecimento de seu amigo, o querido, respeitado e celebrado jornalista Aroldo Murá G. Haygert, aos 82 anos. Ao saber dessa realidade devastadora, senti-me imobilizado por alguns instantes, custando para assimilar essa perda irreparável para seus familiares, amigos e para a imprensa do Paraná. Eu e o Prof. Aroldo fomos amigos por quase 40 anos. Foi a seu convite que em 1988 comecei a escrever a coluna “Expressão & Arte” de meia página, depois página inteira, no diário Jornal Indústria & Comércio, do qual ele era diretor de redação.
Em 2017 o Prof. Aroldo, com a colaboração de Rodrigo de Lorenzi, entrevistou-me para eu figurar no Volume 9 da coleção VOZES DO PARANÁ. Fiquei surpreso com seu convite porque eu não via um motivo que fosse bastante forte para que eu figurasse entre tantos outros convidados que eram, aqueles sim, pilares da cultura paranaense. Quando o livro foi editado e li o capítulo em que fui seu “personagem”, como ele chamava seus convidados, senti-me profundamente sensibilizado com as palavras generosas e de estímulo com que fui acolhido e dado a público naquela edição.


Capa de VOZES DO PARANÁ Volume 9 (2017).


O título que o Prof. Aroldo deu à matéria foi “Francisco Souto Neto – Mecenas por opção e conquista”. Então, muito emocionado, dei-me conta de que alguém – o Prof. Aroldo Murá – valorizava vários capítulos da minha vida, principalmente minha atuação no Banco do Estado do Paraná, onde trabalhei durante 30 anos e durante mais da metade final desse tempo assessorei a vários diretores e dois presidentes, e criei o Programa de Cultura do Banestado, cuja âncora era um certame de artes plásticas destinado a descobrir e a divulgar novos talentos. O Prof. Aroldo fez-me ver, através de seu livro, que minha jornada de trabalho valeu para eu justificar a minha própria existência.




Página de abertura do capítulo com meus traços biográficos.


Professor Aroldo iniciou seu trabalho pesquisando minha infância e adolescência com meus familiares, num texto que me surpreendeu e sensibilizou pela maneira como ele me via.


Pelo seu profícuo trabalho como jornalista, algum vereador haverá de propor seu nome para honrar uma nova avenida de Curitiba.
Professor Aroldo Murá, um amigo querido que nos fará imensa falta mas que estará para sempre em nossos corações.

-o-


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