domingo, 7 de janeiro de 2024

FRANCISCO SOUTO NETO no ano 2014 (PARTE 37).


Francisco Souto Neto em 2014 aos 71 anos. 

 

Francisco Souto Neto em 2015.

 

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2 de setembro de 2023:

80 ANOS ESTA NOITE

PARTE  37

Recordando

o ano 2014

 

 

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O ANO 2014

 

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Dois acontecimentos importantes para mim ocorreram em 2014. O primeiro foi uma exposição no Museu Oscar Niemeyer - MON, apelidado de "Museu do Olho", que ficou aberta durante mais de dois anos, cujo tema foi o Banco do Estado do Paraná como incentivador da cultura do Paraná, principalmente das artes plásticas. Eu era o Assessor para Assuntos de Cultura da presidência do Banestado" e com o apoio de sucessivas diretorias e diversos governos, pude direcionar o banco oficial do Paraná  ao apoio à cultura, e meu nome, cartazes, impressos e obras de arte relativos aos anos em que estive nessas funções, foram lembrados na exposição. No ano seguinte foi publicado um livro em edição de luxo com referência a esta - modéstia à parte - notável exposição.

O segundo acontecimento para mim importante, foi o meu ingresso na Academia de Letras José de Alencar, a convite de Anita Zippin, então na vice-presidência daquela instituição.

A partir da FOTO 166 (ou melhor, da 169), um pouco do meu cotidiano recheado de... cachorros, como seria fácil prever.

  

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CRÔNICAS EM JORNAL 

ÀS VEZES ACRESCIDAS DE MUITAS FOTOGRAFIAS

 

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FOTO 1 - Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico – Ano 12 – Edição 112 – Fevereiro de 2014.

Onde foi parar o acervo do Museu Banestado?

Francisco Souto Neto

Seguidamente tenho ouvido uma pergunta formulada por amigos artistas plásticos, jornalistas e intelectuais: “O que é feito do acervo de arte do Banestado? E do acervo histórico do Museu Banestado?”.

O Museu Banestado iniciou a formação do acervo em 1986 com oito telas de Theodoro De Bona, retratando os primeiros presidentes do Banestado. Idealizador daquele estabelecimento e presidente do Comitê de Implantação do Museu Banestado, com maciço apoio da imprensa iniciei grande campanha em todos os Estados onde o banco mantinha agências, mais o Distrito Federal, para sensibilizar funcionários e clientes a doarem objetos que ajudassem a dar sentido ao um museu que representaria a memória bancária e financeira do Paraná. A primeira doação foi feita pela minha mãe, que entregou ao museu a sua preciosa coleção completa de cédulas de mil-réis e de cruzeiros, e duas máquinas datilográficas históricas, de modo a estimular a campanha. O meu compromisso, divulgado pela imprensa, era de que os nomes dos doadores ficariam para sempre ao lado do objeto doado. E assim, dezenas de colegas e clientes ofereceram ao Museu Banestado objetos que guardavam com carinho em suas casas, alguns muito valiosos, outros singelos, mas todos revestidos de algum sentido histórico. A inauguração do museu reuniu a intelectualidade paranaense, funcionários do banco, políticos, historiadores e figuras representativas da sociedade.

No ano 2000 o Banco do Estado do Paraná foi levado à falência pelos homens de confiança de Jaime Lerner. Esse governador esmagou o banco dos paranaenses e depois entregou o bagaço – em leilão e por preço vil – ao Banco Itaú.

Tentei salvar da catástrofe o acervo do Museu, primeiro sugerindo aos diretores do Banco Itaú que o devolvessem aos doadores, no que não fui atendido, mas afirmou-me aquela diretoria que concordaria em doar o acervo a alguma instituição que desejasse mantê-lo. Procurei imediatamente a AFAB – Associação dos Funcionários Aposentados do Banestado, e o FUNBEP. Ambos, porém, não tinham espaço físico para abrigar o acervo. Resolvi então pedir socorro aos museus de Curitiba, com cujas administrações eu tivera estreita relação, pelo fato de ter sido conselheiro do Sistema Estadual de Museus (da Secretaria de Estado da Cultura), conselheiro do Museu de Arte do Paraná e diretor da Sociedade de Amigos do Museu de Arte Contemporânea, Museu Paranaense e Museu da Imagem e do Som. Para minha decepção, até mesmo o Museu Paranaense recusou o oferecimento porque estava prestes a deixar o espaço físico do prédio que é hoje o Paço da Liberdade, e seu futuro endereço era ainda incerto. Enfim, todos os meus esforços resultaram infrutíferos.

Cedendo a pressões, o Itaú entregou o acervo do banco e do museu ao governo do Paraná, e eu fui gentilmente convidado para a cerimônia de doação por Cristiane Magalhães Brant (então diretora de Marketing e de Cultura do Banco Itaú em São Paulo), que se realizou no Palácio Iguaçu. O governador Jaime Lerner recebeu a doação dos diretores do Itaú, e em seu discurso, se bem me lembro, disse que o acervo seria destinado ao NovoMuseu (exatamente assim, com as duas palavras emendadas, era o nome do atual Museu Oscar Niemeyer). Entretanto supus que a parte do acervo do Museu Banestado com sentido histórico certamente seria destinada ao Museu Paranaense. E os nomes dos doadores… seriam mantidos ao lado do bem doado?

Depois disso, desiludido, nunca mais ouvi falar desse acervo. Que fim teria levado?! No mês passado, na sede da AFAB – atualmente presidida pelo dinâmico Fernando Prezutti – os colegas Newton Barbosa Almada da Silva, Paulino França do Nascimento Neto, Natalino Sbrana, Carlos Zatti e o próprio presidente disseram-me que pretendem tentar resgatar para a instituição que representam, a AFAB, o que for possível daquilo que pertenceu ao Museu Banestado. É uma auspiciosa expectativa, que certamente nos inspirará a alçar voo na tentativa de ajudar a preservar a memória do outrora grandioso banco oficial do Paraná.

O leitor que se interessar pela questão do acervo do Banestado e do Museu Banestado poderá buscar no Google: “Subsídios para a história do Museu Banestado”, “Galeria de ex-presidentes do Banestado” e “O dia em que não apertei a destra do governador”.

(Francisco Souto Neto – Curitiba, Janeiro de 2014)

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Um resumo histórico sobre o Museu Banestado poderá ser encontrado no seguinte link:

http://fsoutoneto.wordpress.com/2013/07/07/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-12-dez-1997-p-12-galeria-de-todos-os-presidentes-do-banestado/

 

 

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Foto 2 - Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico – Ano 13 – Edição 113 – Março de 2014

A crise financeira do Governo Beto Richa

Francisco Souto Neto

No fim do ano passado, equipes da RPC TV noticiaram suas visitas a doze cidades do Paraná para verificar denúncias concernentes às oficinas que prestam serviço ao Governo do Estado, onde encontraram centenas de veículos parados à espera de conserto, maioria pertencente à Polícia Militar, mas também caminhões de bombeiros e até mesmo ambulâncias. Em uma única oficina de Ponta Grossa foram constatadas quase 100 viaturas da Polícia Militar, da Polícia Ambiental e veículos de outros órgãos governamentais, todos parados à espera de conserto. Ali os serviços estavam interrompidos porque o Governo do Paraná tinha dívidas atrasadas há mais de dois meses.

Em Cornélio Procópio a situação era pior: o governo não pagava suas dívidas há mais de três meses pelos serviços já efetuados, e as oficinas, obviamente, recusavam-se a fazer novos consertos enquanto não recebessem o que lhes era devido.

É inaceitável, é escandaloso que o Governo do Paraná não possa pagar o conserto de viaturas policiais, ambulâncias e caminhões dos bombeiros. Inquirido pelos repórteres, Beto Richa dá respostas incompletas, enquanto seus olhos não se fixam no jornalista, mas ficam inquietos, movendo-se para todos os lados, passando ao telespectador uma sensação desagradável. Respostas evasivas ouvimos também pela mesma RPC TV, em 26 de fevereiro, quando a repórter Andressa, em frente ao Palácio Iguaçu, entrevistou o diretor-geral da Secretaria de Educação, Jorge Wekerl, sobre a falta de funcionários em escolas e o atraso do pagamento das merendas. A repórter fez a pergunta sobre o assunto por duas vezes, e o entrevistado “desconversou”. Do estúdio, interveio a ótima apresentadora do programa, Thays Beleze, que procurou disfarçar a irritação enquanto exclamava: “Na verdade, Andressa, a gente vê aí algumas contradições: o diretor diz que está tudo certo, que não há problemas, que há orçamento para merendas, para funcionários… e então pergunto, diretor, onde está o problema?! As escolas nos mostram que não têm funcionários e falta merenda. Onde está o problema?!”. Mais uma vez o entrevistado “desconversou” e derivou para outros assuntos. A repórter Andressa agradeceu educadamente, mas também enfatizou a insatisfação que era dela e dos telespectadores ante as evasivas do entrevistado: “Vamos continuar acompanhando este caso de falta de merenda, de funcionários e de material didático nas escolas estaduais do Paraná”.

No dia 6 deste corrente mês de março, o programa Paraná TV continuou mostrando que os problemas da falta de pagamento não são “pontuais” (isto é, casos isolados), como afirma o governo. Em Sítio Cercado, o bairro mais populoso de Curitiba, os moradores realizam uma rifa para ajudar a consertar viaturas da Polícia Militar. Pior ocorre em Palmeira, cidade próxima a Ponta Grossa, onde um mecânico decidiu efetuar os reparos gratuitamente na única viatura que ali existe para atender a 33 mil moradores. O conserto da embreagem do veículo custaria cerca de 1.300 reais, mas o governo não assegurava o pagamento.

Enquanto os carros da polícia se amontoam quebrados, o comércio e as residências ficam à mercê dos bandidos. Enquanto pessoas doentes morrem à espera de socorro, as ambulâncias estão paradas nas oficinas sem que o governo lhes pague o que deve. Isso é inadmissível, é até imoral. O governo continua negando que esteja em dificuldades financeiras, mas as imagens que o contradizem estão todas na internet, à disposição de quem quiser comprovar. Que decepção! Faz-me lembrar de quando foi eleito o primeiro governo pelo voto popular, após os obscuros anos da ditadura militar. Era o Governo José Richa, empossado em março de 1983. Eu era assessor de diretoria no Banestado – Banco do Estado do Paraná – e acompanhei de perto todos os passos dos novos diretores e seus contatos com os vários segmentos do governo no sentido de promover a moralização, a ética e o desenvolvimento. Um tempo grandioso de construção, de crescimento. Filho de José Richa, o atual governador Beto Richa era um garoto de 17 anos. Desde então passaram-se 30 anos. E agora? Agora o Paraná vai em marcha lenta, quase parando. Com o Estado à beira do abismo, qual será o legado de Beto Richa à História do Paraná?

(Francisco Souto Neto – Curitiba, março de 2014)

 

 

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FOTO 3 - Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico – Ano 13 – Edição 114 – Abril de 2014

Quem ainda não recebeu aquele texto cabotino que se propõe a dar uma “belíssima aula” sobre a palavra “presidenta”?

Francisco Souto Neto

     Tenho seguidamente recebido por e-mail, e também vejo nas redes sociais, uma mensagem que se propõe a corrigir o termo “presidenta”, mensagem esta que classifico como cretina e sabotadora, cujas palavras iniciais, com erros de concordância e outros vícios de linguagem, dizem, ipsis literis“Uma belíssima aula de português! Foi elaborado para acabar de vez com toda e qualquer dúvida se tem [sic] presidente ou presidenta. A presidenta foi estudanta? Existe a palavra presidenta? Que tal colocar um ‘basta’ no assunto?”. Adiante, a mensagem tenta ironizar: “A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta…”. A tal “belíssima aula” está supostamente assinada por Miriam Rita Moro Mine, professora de Engenharia na UFPR.

     Antes de tudo, é preciso lembrar que o vocábulo presidenta está dicionarizado há muitas décadas, e palavra dicionarizada é palavra correta. [O grande Machado de Assis a usou pela primeira vez em 1880, ao publicar o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas]. Eu já usava “presidenta”em textos que publiquei nos distantes anos 70, e é pífia qualquer discussão sobre a sua existência. Tanto “presidente” quanto “presidenta” são corretas e podem ser usadas no gênero feminino, a depender da vontade de quem escreve ou fala. Por tais motivos, resolvi contatar a professora Miriam, para dialogar sobre o seu equívoco. Buscando um meio de encontrá-la através da internet, descobri a seguinte declaração divulgada pela própria professora:

     “Nunca escrevi absolutamente nada sobre a existência ou não da palavra ‘presidenta’. Meu nome está sendo usado indevidamente como autora de um texto que circula na internet e na imprensa. Sou professora da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Departamento de Hidráulica e Saneamento, graduada em ‘Engenharia Civil’ e com pós-graduação em cursos de ‘Engenharia’ (Mestrado e Doutorado) e professora de cursos de ‘Engenharia’ na UFPR (ver meu Curriculum Lattes – www.cnpq.br – plataforma lattes). Eu jamais escreveria um texto que não fosse da minha área de atuação. Miriam Rita Moro Mine. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Hidráulica e Saneamento. Caixa postal 19011. 81531-990 Curitiba, PR”.

     Ou seja, o verdadeiro autor da “aula” desapareceu e alguém, de maneira ladina e criminosa, pôs o nome da referida professora no texto apócrifo, como se fosse ela a sua autora. Por isso, antes de as pessoas divulgarem pela internet, deveriam comprovar as fontes dessas notícias, para saber se são verdades ou mentiras com o objetivo de enganar e confundir a opinião pública. Se a professora Miriam for à polícia e registrar queixa, é provável que chegará ao autor do crime, e assim poderá processá-lo. A tal “belíssima aula” é um fake com o propósito de disseminar falsidades e confusões sobre o idioma pátrio, e principalmente desqualificar a presidenta Dilma Rousseff.

     Ao buscar na web um contato com a professora Miriam, encontrei casualmente um texto inteligentíssimo sobre o assunto, da autoria de Igor Santos, no seguinte endereço:

http://scienceblogs.com.br/uoleo/2013/02/miriam-rita-moro-mine-presidenta-da-republica-vinte-dois-segundos-google/

     O texto de Igor Santos é necessariamente longo, com introdução igualmente extensa, mas deve ser lido na íntegra. Sobre o assunto em discussão, não há outra aula melhor, nem mais contundente e precisa. O autor escreveu visivelmente irritado, e acrescento: benfazeja a sua irritação! Está na medida exata em que eu, também aborrecido com aqueles que parecem acreditar que a palavra “presidenta” foi inventada por Dilma Rousseff, venho sugerir que não veiculem besteiras pela web sem antes checar as fontes. Querem outro exemplo de “nonsense”? Ei-lo: já recebi no Facebook, de seis diferentes e indignados amigos, a notícia que tem por título “Dilma zomba do fim dos protestos no Brasil”. Ao transcrever esse título no Google, busquei a fonte da “notícia” e encontrei-a no blog denominado “Arrota1” que, após as opiniões dos leitores, se defende ao pé da página, para evitar processos contra si, declarando: “Fique atento – O Arrota1 é um portal de humor. Publicamos sátiras e notícias humorísticas fantasiosas, fictícias, que não devem ser levadas a sério”.

     Por favor! Comprovem a veracidade antes de compartilhar notícias falsas. Há maneiras bem mais produtivas de colaborar na construção de um Brasil melhor. 

(Francisco Souto Neto – Agosto de 2013) 

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ATENÇÃO! POR FAVOR, LEIA!!!

OBSERVAÇÃO ACRESCENTADA EM 18.9.2016:

Na semana passada, um amigo me mostrou um artigo que encontrou na internet sobre a palavra presidenta, tão interessante principalmente em seus últimos parágrafos, que além de dar, logo abaixo, o seu link, faço questão de também transcrevê-lo na íntegra, porque é melhor do que os textos que eu já escrevi sobre o mesmo assunto.

Quem costuma ter respeito pela Língua Portuguesa encontrará aqui um precioso aliado, e aqueles que não são muito amigos do vernáculo e que pensam que presidenta é invenção de Dilma Rousseff ou do PT, terão a oportunidade de aprender ao menos um pouquinho sobre o nosso tão maltratado idioma pátrio.

link, elaborado por DICIONARIOEGRAMATICA.COM, de 2 de maio de 2016, é este…

https://dicionarioegramatica.com.br/2016/05/02/presidenta-e-mais-antigo-e-tradicional-em-portugues-do-que-a-presidente/

…e esta é a sua transcrição na íntegra:

“PRESIDENTA” É MAIS ANTIGO E TRADICIONAL EM PORTUGUÊS DO QUE “A PRESIDENTE

Postado em gênero de palavrashistória da língua portuguesapalavras que faltam nos dicionáriospalavras usadas errado por dicionarioegramatica

A palavra “presidenta” é feminino correto para “presidente”, aceito por todas as gramáticas e presente em dicionários portugueses há séculos. Hoje, “a presidente” é considerada igualmente correto, mas a verdade é que “a presidenta” é forma muito mais antiga e tradicional na língua portuguesa do que “a presidente”.

A palavra presidenta está hoje em todas as gramáticas e dicionários portugueses e brasileiros. Gramáticos contemporâneos, como o professor Pasquale (vejam aqui) concordam: “pode-se dizer a presidente ou a presidenta”.

As gramáticas portuguesas e brasileiras tradicionais – como a Nova Gramática do Português Contemporâneo, do brasileiro Celso Cunha e do português Lindley Cintra, ou a Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara – também concordam: “Quanto aos substantivos terminados em -e, uns há que ficam invariáveis (amante, cliente, doente, inocente), outros formam o feminino com a terminação em “a”: alfaiata, infanta, giganta, governanta, parenta, presidenta, mestra, monja. Observação: “governante”, “parente” e “presidente” também podem ser usados invariáveis no feminino.”

Presidenta” está no Dicionário Aurélio desde a sua primeira edição, em 1975 (ver aqui); está no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras desde a sua primeira edição, em 1932; no Dicionário da Academia Brasileira de Letras; e estava já no primeiroVocabulário Ortográfico sancionado pela Academia de Lisboa, de Portugal, em 1912 (o vocabulário integral pode ser acessado aqui).

Presidenta já aparecia também em textos de nossos melhores escritores dois séculos atrás: Machado de Assis, por exemplo, usa “presidenta” em Memórias Póstumas de Brás Cubas, sua obra-prima, publicada em 1881 e disponível gratuitamente aqui.

Anos antes, em 1878, o português O Universo Ilustrado narrava o enterro fictício de uma “presidenta”; em 1851, a Revista Popular de Lisboa  também se referia à “presidenta” de uma reunião.

Ainda em Portugal, podemos encontrar presidenta no primeiro vocabulário oficial da língua portuguesa, elaborado em 1912 por Gonçalves Viana (disponível aqui) .

“Presidenta” está também no vocabulário do português Rebelo Gonçalves (1966), e, desde um século antes, no Dicionário de Português-Alemão de Michaëlis (1876), no de Cândido de Figueiredo (1899), no Dicionário Universal / Texto Editores (1995), na primeira edição do Dicionário Lello (1952) e na primeira edição do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora (também de 1952).

Na verdade, ainda antes disso – no ano de 1812 (antes ainda, portanto, da independência do Brasil de Portugal), a palavra “presidenta” já aparece dicionarizada: está no Dicionário de Português-Francês de Domingos Borges de Barros, que viria a ser diplomata e senador. Versão digitalizada do dicionário, de 1812, pode ser acessada aqui.

Por falar em outras línguas: não apenas no francês, mas também nas línguas irmãs do português, o galego e o espanhol,  presidenta é considerado o feminino mais gramaticalmente correto de “presidente”.

A palavra “presidenta” nada tem a ver, portanto, com Dilma Rousseff ou com o PT, e quem se recusa a usar a palavra por achar que é uma invenção recente de petistas está apenas atestando ignorância em relação à língua portuguesa.

Isso porque a forma “a presidenta” é, na verdade, mais antiga e mais tradicional na língua portuguesa que “a presidente”.

Como se pode ver em todos os dicionários e vocabulários oficiais anteriores a 1940 (por exemplo: aquiaquiaquiaquiaquiaqui), até a metade do século passado a palavra “presidente” era considerada substantivo exclusivamente masculino, e “presidenta” era o único feminino aceito para “presidente”.

Em outras palavras: apenas a partir de 1940 a forma “a presidente” passou a ser aceita por gramáticos e dicionaristas portugueses e brasileiros. Ou seja: a palavra “presidenta”, dicionarizada desde 1812, é mais antiga e tradicional em português que a forma neutra “a presidente”, apenas dicionarizada a partir de 1940.

A passagem, no século passado, de presidente” como forma exclusivamente masculina para forma neutra baseou-se no mesmo processo de “neutralização de gênero” pelo qual passaram, e vêm até hoje passando, vários outros substantivos portugueses – como “a parente”, que antes só se dizia “parenta” -, sobretudo profissões – como “a oficial” (que antes só se dizia “oficiala”), “a cônsul” (que antes só se dizia “consulesa”) ou “a poeta” (que antes só se dizia “poetisa”).

A Revista Veja, por exemplo, deixou de usar a palavra “presidenta” apenas quando Dilma Rousseff chegou ao poder e disse que gostaria de ser chamada assim. Até então, porém, a mesma Veja usava “presidenta” – vide exemplos de edições da década de 1970 (ao se referir à então presidenta deposta da Argentina), de 1980, de 1990 e mesmo 2000.

Do mesmo modo, anos antes de o PT chegar ao poder, os demais órgãos de imprensa usavam “presidenta” – como a Folha de S.Paulo – por exemplo, em 1996 (“Secretária de Turismo de Alagoas e presidenta da Fundação”), 1997 (“Segundo a presidenta da CPI, deputada Ideli Salvatti”), 2003: (“A presidenta da CDU e líder da bancada parlamentar, Angela Merkel, já deixou claro que seu partido não se dispõe a salvar a situação para o governo de Berlim.”), etc.;  O Estadão (em 2004: “Empresária de Shakira era presidenta da  companhia”; em 2008: “disse a presidenta da Plataforma, Maribel Palácios”, etc.), o Correio Braziliense, etc.

Em resumo: hoje, é indiferente o uso de “a presidenta” ou “a presidente” – ambas as formas são gramaticalmente corretas e equivalentes.

Mas, ao contrário do que diz o senso comum e do que supõem muitos em sua ignorância, “a presidenta” não é informal, não é uma invenção recente nem é “coisa de feministas” ou “de esquerdistas” (pelo contrário, é a forma mais antiga e tradicional em língua portuguesa).

Um bom exemplo de sensatez, por exemplo, vem do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB – um dos principais opositores de Dilma Rousseff, que, no entanto, nunca deixou de falar “presidenta”, por saber que essa forma é antiga, tradicional e perfeitamente correta em português.

 

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OBSERVAÇÃO:

A mesma crônica acima, foi originalmente publicada no Jornal Centro Cívico Edição 107 de Agosto de 2013 e agora republicada no mesmo jornal Edição 114 de Abril de 2014. 

Foi também publicada na Gazeta de Santa Cândida, Curitiba, de Agosto de 2013, nº 143.

  

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FOTO 4 - Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico – Ano 13 – Edição 115 – Maio de 2014

Trens, feriadões prolongados e o complexo de Macunaíma

Francisco Souto Neto

No segundo semestre de 2002, nas entrevistas pela televisão dos candidatos à presidência da República, ouvi Lula mencionar algo que eu jamais tinha escutado dos seus oponentes, e que ficou registrado na minha memória. Ele que retornara havia alguns dias do Velho Continente, disse e concluiu interrogativo: “Lá na Europa todo mundo viaja de trem, que é um transporte rápido e seguro. Por que aqui no Brasil também não é assim?”. O governo FHC tinha sido bastante traumático pela onda de privatizações muitas vezes desastrosas e estava envolto em corrupção. No primeiro momento, pareceu a muitos que Lula poderia ser a hora da renovação, uma nova brisa no sentido da ética na política e no comércio de transportes. Cheguei a imaginar que seriam construídas modernas estradas de ferro e que as capitais dos Estados da Federação seriam ligadas por linhas férreas, o que representaria viagens agradáveis e, principalmente, promoveriam o transporte de mercadorias com maior rapidez, estimulando a produtividade e a economia brasileira. Mas imperou o complexo de Macunaíma. Tudo não se passou de ilusão e antes do final do seu primeiro mandato, o que presenciei foi o presidente preocupar-se principalmente em varrer para debaixo do tapete as acusações de corrupção contra os seus correligionários que estavam em postos relevantes do governo. Ética? Trens? Estradas de ferro? Morreram na modorra brasileira. E os políticos, salvo raras e honrosas exceções, continuaram mostrando-se mais interessados em manter seus bolsos bem recheados em vez de tratar dos assuntos que representem os interesses da coletividade, e disso Maluf é um exemplo gritante.

Mas há outro lado igualmente perverso do “complexo de Macunaíma”, que é praticado descaradamente sob nossos olhos, não pelos políticos, mas por cidadãos comuns. Macunaíma, para quem não sabe, é um romance escrito em 1928 por Mário de Andrade e representa o indolente povo brasileiro. O personagem-título é um anti-herói sem caráter, caracterizado pela frase que pronuncia a toda hora: “ai, que preguiça!”. É aos “feriadões prolongados” que estou agora a me referir. Eu não gostaria de ter passado aos colegas dos tempos anteriores à minha aposentadoria a falsa impressão de eu ter sido um “caxias” – sem desrespeitar um Lima e Silva de quem descendo – porque, afinal, nunca fui um fanático pelo trabalho, embora sempre tenha cumprido o meu dever com honestidade, assiduidade e retidão, e disto me orgulho. A verdade é que durante as décadas em que trabalhei no Banestado, faltei ao serviço uma única vez: quando tive pneumonia na década de 60. Jamais emendei um feriado de quinta-feira com o sábado e nunca faltei numa segunda-feira anterior a um feriado.


Em Curitiba um dos termômetros para se aferir o complexo de Macunaíma é, para mim, o Tribunal de Justiça, na Rua Mauá. Diga-se de passagem que quando caminho por ali em dias úteis, o movimento na calçada é enorme, e a porta, num entra e sai, permanece aberta no horário de expediente. Após o almoço há sempre uma extensa fila para os elevadores, que às vezes me provoca o riso porque, em vez de se desenvolver junto à parede, costuma sair pela porta diretamente em direção à rua, como uma cobra cega e burra, obstruindo a passagem dos transeuntes que se deslocam sob a galeria.


Para me valer de um exemplo recente, tivemos o feriado da Paixão de Cristo na sexta-feira dia 18 de abril, e Tiradentes na segunda-feira dia 21. Quatro dias de lazer, mas aparentemente trabalhou-se só até dia 16, quarta-feira, porque na quinta, 17, véspera da Paixão de Cristo, o silêncio e a falta de movimento imperavam naquele local. Como se não bastasse a expectativa dos quatro dias parados, muitos, ainda insatisfeitos, faltaram ao serviço na véspera do feriado. Na semana seguinte tivemos o 1º de maio, Dia do Trabalho, numa quinta-feira. Na sexta-feira, dia útil, 2 de maio, a porta do Tribunal estava fechada: parece que ninguém trabalhava. E nas semanas sem feriados, não há burburinho às sextas-feiras. Que lassidão é essa? É o complexo de Macunaíma!


Os brasileiros mostram-se irritados com a falta de retidão dos políticos, mas se esquecem de pôr ordem às suas próprias casas. O que impera é a preguiça de trabalhar entre os que não compreendem, ou não querem compreender o real sentido do dever e da produtividade.

(Francisco Souto Neto – Maio de 2014)

 

 

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FOTO 5 - Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico  –  Ano 13  –  Edição 116  –  Junho de 2014

Copa do Mundo e os questionamentos fora de hora

Francisco Souto Neto

          Nos primeiros anos deste novo milênio vários países do mundo inteiro se digladiavam pelo direito de sediar a Copa do Mundo em 2014. Em junho de 2003 a Confederação Sul-Americana de Futebol anunciou que Brasil, Argentina e Colômbia se candidatariam a sede do evento. Em 2006 referida Confederação votou unanimemente pela adoção do Brasil como seu único candidato, e todos exultaram. Joseph Blatter, presidente da FIFA, visitou-nos no ano seguinte e constatou que nossos estádios não tinham condições de sediar a Copa. A imprensa, que há anos acompanhava o assunto, mostrou que os brasileiros, maciçamente, desejavam que o grande espetáculo do futebol aqui se realizasse, e que eventuais obstáculos os frustrariam. Quando o presidente do país declarou que seriam construídos novos estádios, se bem me lembro, todos respiravam aliviados e orgulhosos. Na minha memória não há registros de repúdio ou insatisfação popular. Todos “queriam porque queriam” a Copa no Brasil.

          Os anos arrastaram-se até que ao final de 2007, quando a FIFA ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo em 2014. Viu-se um regozijo geral, com comemorações por toda parte. Depois disso, houve disputa entre as capitais brasileiras pelo direito se serem cidades-sede. Quando estas foram anunciadas, os moradores das mesmas festejaram a escolha.

          No segundo semestre do ano passado, entretanto, começaram a surgir, aqui e ali, grupos de pessoas manifestando-se contrárias à realização da Copa do Mundo no Brasil. No começo deste ano em curso as manifestações de insatisfação cresceram em passeatas, e as redes sociais intensificaram protestos e revolta.

          Mas existe aí um paradoxo, porque esses protestos dos insatisfeitos deveriam ter acontecido lá atrás, no tempo em que as proposições estavam ainda “no papel” e antes de o Brasil assumir o compromisso de realizar a Copa do Mundo de 2014. Agora, com os estádios praticamente concluídos e as cidades-sede preparadas para o evento, não é mais a hora de se posicionar contra. O silêncio deveria imperar ante o arrependimento daqueles que não se manifestaram em tempo hábil.

          Tudo, entretanto, parece bem claro: estamos às portas das eleições presidenciais, e a oposição ao governo move todos os instrumentos possíveis e impossíveis com o claro propósito de desestabilizar a candidatura de Dilma Rousseff. Os protestos têm fundo unicamente político. É tão grande a enxurrada de críticas à candidata, que nem todos percebem que enorme parte do que se diz é maquiavélica invenção que vem para engrossar essa estranha torrente de histeria coletiva, violência e ódio. Acredito que uma campanha política teria maior eficácia se enfocasse objetivamente os notórios partidos envoltos em corrupção e os seus respectivos políticos corruptos e corruptores, e não a candidata sobre quem, e a bem da verdade, nunca se publicou nem se apontou na imprensa qualquer fato que a ligasse à corrupção.

          Do mesmo modo que não gosto de nenhum partido político e tenho restrições a todos eles, também nunca me interessei por times ou partidas de futebol. A única ocasião em que assisto a jogos futebolísticos é nos campeonatos mundiais, cujas festas de abertura são cada vez mais admiráveis e mostram as belezas do país-sede, possibilitando-nos verdadeiros passeios através da televisão por aquelas nações para apreciarmos a evolução dos povos e a sua boa educação.

          Concluo esta crônica em 4 de junho de 2014 e fico desejando ardentemente que na próxima semana, na festividade de inauguração da Copa do Mundo, os brasileiros saibam dar uma bela aula de boa educação ao planeta inteiro que estará olhando para nós. Será a rara e maravilhosa oportunidade de mostrarmos que formamos um lindo país e que não somos os trogloditas que muitos gostariam que fôssemos.

          Vamos deixar os problemas políticos para depois da Copa do Mundo, e na hora certa louvar ou, se preferirem, criticar tanto a situação quanto a oposição, mas com fundamento, sem mentiras nem fanatismos partidários.

(Francisco Souto Neto – Junho de 2014)

 

 

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FOTO 6 - Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico – Ano 13 – Edição 117 – Agosto de 2014

Na Sala 8 do MON – Museu Oscar Niemeyer uma exposição do acervo do Banestado, que me honra e sensibiliza

Francisco Souto Neto

No dia 3 de julho de 2014 foi inaugurada uma exposição no MON – Museu Oscar Niemeyer, popularmente conhecido como Museu do Olho, que me sensibilizou por enaltecer o trabalho que desenvolvi no Banestado nas décadas de 80 e 90, quando exerci as funções de Assessor para Assuntos de Cultura da diretoria e depois da presidência do extinto banco oficial do Paraná.

A história da exposição é a seguinte: em abril deste 2014 tive a grande satisfação de receber em casa o jovem Ricardo Freire, secretário e assessor de Estela Sandrini (Teca Sandrini) diretora do MON, para me entrevistar sobre o acervo de arte do Banco e sobre a história do Museu Banestado, das Galerias de Arte e do SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, estes integrantes do Programa de Cultura do Banestado que foi por mim instituído, tendo o MON por objetivo realizar uma exposição retrospectiva com tal acervo que agora lhe pertencente, exceto algumas peças que foram destinadas ao Museu Paranaense.

Ricardo Freire, formado em História Antiga e Medieval, exímio calígrafo, artista plástico e talentoso ator (atuou no Festival de Teatro de Curitiba), chegou à minha residência com as pesquisas já praticamente realizadas, pois de antemão obtivera informações na internet sobre o Programa de Cultura do extinto banco, e sabia do significado do SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, um certame que foi tão importante que chegou a substituir o oficial Salão dos Novos da Secretaria de Estado da Cultura durante os anos em que este esteve em recesso. O SBAI descobriu e divulgou milhares de artistas plásticos em início de carreira, inúmeros dos quais tornaram-se nomes de projeção nacional. Criei o Salão Banestado em 1983 na companhia de Tadeu Petrin, que em sua inauguração teve o nome de “Exposição de Artistas Amadores Funcionários e Clientes do Banestado”. O SBAI foi inspirado na “Exposição de Arte do Cinquentenário do Banestado”, realizada por Petrin em 1978 e que teve na comissão julgadora Ennio Marques Ferreira, Neida Peil de Oliveira e o autor desta coluna.

A Galeria de Arte Banestado de Curitiba, inspiração de Christóvam Soares Cavalcante, surgiu logo depois do SBAI. Sua primeira administradora foi Vera Munhoz da Rocha Marques, que transformou aquele lugar num ponto de encontro de artistas plásticos e intelectuais, cujos nomes é impossível citar, porque este espaço seria insuficiente para relacioná-los. Após aposentar-me como Assessor da Presidência, sucederam-me Tina Camargo, Maria Amélia Junginger, Vera Munhoz da Rocha Marques e Clarissa Lagarrigue. Na Galeria de Arte assumiram sucessivamente Taís Horbatiuk, Tânia Dallegrave Góes e Ana Cristina Rank. A Galeria de Arte de Londrina era gerida por Sílvia Marconi Pavan e a de Ponta Grossa por Jurandir Modesto e Leda Veneri. O Museu Banestado, em Curitiba, foi administrado por Rosane Fontoura e depois por Maria Lúcia Gomes. O Programa de Cultura incluiu a edição e lançamento de livros de autores residentes no Paraná, e também o apoio à música (existiu até o Coral Banestado, regido por Amóz Camilo dos Santos), ao cinema e ao teatro (Constantino Viaro idealizara o Projeto Barracão, assumido por nós, que inauguramos algumas unidades sob o nome de Teatro Banestado). Até o Instituto Saint-Hilaire da Defesa dos Sítios Históricos, cuja diretoria integrei, foi parte do Programa de Cultura do Banestado.

Grande parcela disso é evocada na exposição que se realiza no MON. Telas de importantes autores, que pertenceram ao acervo do Banestado, estão lá expostas. Infelizmente faltaram as telas premiadas no SBAI, e as do acervo do Museu, mas a exposição será de longa duração e as telas provavelmente passarão por um rodízio. A história desses eventos, entretanto, está escrita nas paredes de cor amarela da Sala 8, e a mostra inclui também, logo à entrada da referida sala, algumas telas do extinto Museu de Arte do Paraná (de cuja diretoria fui conselheiro).

Meus parabéns a Teca Sandrini, Ricardo Freire, Sandra Fogagnoli, e a toda a equipe do MON que trouxe de volta à luz os tempos de fausto e glória do grandioso Banco do Estado do Paraná S. A., criminosamente vilipendiado, esmagado e extinto no governo Jaime Lerner de detestável memória.

(Francisco Souto Neto – Julho de 2014)

 

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ABAIXO: AS TRÊS PRIMEIRAS FOTOGRAFIAS FORAM TIRADAS EM MARÇO DE 2014 NA OCASIÃO EM QUE FRANCISCO SOUTO NETO FOI ENTREVISTADO POR RICARDO FREIRE, E AS DEMAIS EM 3 DE JULHO DE 2014, NO DIA DA INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO NO MUSEU OSCAR NIEMEYER, POR ESTELA SANDRINI (TECA SANDRINI), DIRETORA DO MON.

 

FOTO 7 ACIMA: Em abril de 2014 recebo Ricardo Freire, do MON – Museu Oscar Niemeyer, que vem me entrevistar a respeito do acervo de arte do Banestado. Acima, falando sobre o SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

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FOTO 8 ACIMA: Sendo entrevistado por Ricardo Freire, falo a respeito do Museu Banestado.

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FOTO 9 ACIMA: Ricardo Freire com alguns dos documentos sobre a história do Banestado.

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FOTO 10 ACIMA: No dia 3 de julho de 2014 foi inaugurada a exposição no MON – Museu Oscar Niemeyer (popularmente Museu do Olho) que, de certo modo, enaltece o trabalho que desenvolvi no Banestado na qualidade de Assessor para Assuntos de Cultura da diretoria e depois da presidência.

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FOTO 11 ACIMA: Com Teca Sandrini (Estela Sandrini) na inauguração da exposição sobre o acervo de arte do Banestado.

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FOTO 12 ACIMA: Presentes à inauguração:  Sandra Fogagnoli, Francisco Souto Neto, Estela Sandrini e Fernando Calderari.

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FOTO 13 ACIMA: Estela Sandrini e Francisco Souto Neto na parede onde está o relato da história do Museu Banestado.

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FOTO 14 ACIMA: A história do Museu Banestado escrita na parede.

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FOTO 15 ACIMA: Meu dedo indica a referência a mim.

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FOTO 16 ACIMA: A parede que conta a história dos Salões Banestado de Artistas Inéditos.

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FOTO 17 ACIMA: Francisco Souto Neto e a parede com a história dos SBAIs.

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FOTO 18 ACIMA: Outra referência ao meu nome.

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FOTO 19 ACIMA: À direita, tela de Mazé Mendes, que foi comissão julgadora dum SBAI.

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FOTO 20 ACIMA: História das Galerias de Arte do Banestado.

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FOTO 21 ACIMA: À esquerda, tela de Rubem Esmanhoto, que foi comissão julgadora de um SBAI.

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FOTO 22 ACIMA: Detalhe de tríptico de Osmar Chromiec, optical art.

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FOTO 23 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. O reflexo das luzes do teto sobre a vitrine horizontal interfere na visão dos documentos expostos.

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FOTO 24 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado.

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FOTO 25 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. Texto de apresentação de Francisco Souto Neto num dos livros publicados.

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FOTO 26 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado.

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FOTO 26 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado.

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FOTO 26 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado.

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FOTO 29 ACIMA: Na vitrine, cartaz-convite para o II SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, com o quadro premiado de Rubens Faria Gonçalves, “Retrato de Mulher que Chora”.

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FOTO 30 ACIMA: Vitrine com cartazes, documentos e fotos da história do Banestado. Foto de Francisco Souto Neto entre quatro outros críticos de arte: Orlando Dasilva, Adalice Araújo, Nilza Procopiack e João Henrique do Amaral.

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FOTO 31 ACIMA: Referências ao extinto Museu de Arte do Paraná, do qual Francisco Souto Neto foi conselheiro em sua primeira diretoria.

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FOTO 32 ACIMA: Aspecto da exposição com o acervo do Banestado.

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FOTO 33 ACIMA: Encerrando, Teca Sandrini e Francisco Souto Neto.

 

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EMBORA AS FOTOGRAFIAS TIVESSEM SIDO ENCERRADAS ACIMA, SURGIU UM NOVO FATO QUE MERECE A EXPOSIÇÃO COMPLEMENTAR DE MAIS TRÊS FOTOGRAFIAS ABAIXO. 

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FOTO 34 ACIMA: A Academia de Letras José de Alencar, em reunião no dia 16 de julho de 2014, por proposição da vice-presidente Anita Zippin, e com aprovação unânime dos acadêmicos presentes, “decidiu conferir à senhora ESTELA SANDRINI (Teca Sandrini), Diretora de Cultura do Museu Oscar Niemeyer, VOTO DE LOUVOR por sua brilhante iniciativa de expor o acervo artístico do extinto Banestado, resgatando, assim, importante momento da história recente do Paraná”. O documento foi assinado pelo Secretário Geral Celso de Macedo Portugal e Presidente Arioswaldo Trancoso Cruz.


FOTO 35 ACIMA: No dia 11 de setembro de 2014, Francisco Souto Neto, membro da Academia de Letras José de Alencar, em nome desta, fez a entrega de Voto de Louvor a Teca Sandrini, na sala da presidência do MON – Museu Oscar Niemeyer. Na foto aparecem Cristiano Augusto Solis de Figueiredo Morrissy (presidente do MON), Estela Sandrini (ou Teca Sandrini, Diretora de Cultura do MON), Francisco Souto Neto (membro da Academia de Letras José de Alencar) e Ricardo Freire (assessor de Teca Sandrini, ligado à Documentação do MON).

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FOTO 36 ACIMA: No dia 11 de setembro de 2014, Francisco Souto Neto, membro da Academia de Letras José de Alencar, em nome desta, fez a entrega de Voto de Louvor a Teca Sandrini, na sala da presidência do MON – Museu Oscar Niemeyer. Na foto aparecem Cristiano Augusto Solis de Figueiredo Morrissy (presidente do MON), Estela Sandrini (ou Teca Sandrini, Diretora de Cultura do MON), Francisco Souto Neto (membro da Academia de Letras José de Alencar) e Ricardo Freire (assessor de Teca Sandrini, ligado à Documentação do MON).

 

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Em 29.7.2014, o jornalista AROLDO MURÁ H. HAYGERT publicou no Diário Indústria & Comércio, em sua coluna, a notícia “História do Banestado, um resumo da nossa arte”, a respeito da exposição no MON, que poderá ser vista e lida no seguinte endereço:

 

http://www.icnews.com.br/2014.07.29/colunistas/aroldo-mura/dom-pedro-discreto-e-vigoroso-historiador/

 

Em setembro de 2014, a cronista social IZA ZILLI gentilmente noticiou o acontecimento, no seguinte link:

 

http://www.blogizazilli.com/index.php/destaques/alja-academia-de-letras-jose-de-alencar

  

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FOTO 37 - Crônicas de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico – Ano 13 – Edição 118 – Setembro de 2014

Academia de Letras José de Alencar e Espaço Cultural BRDE, uma parceria em nome da cultura

 Francisco Souto Neto

Fundada em 1939 em Curitiba, comemora o seu 75º aniversário a ALJA – Academia de Letras José de Alencar que teve como primeiro nome Associação de Cultura José de Alencar. Funcionou originalmente no Colégio Parthenon, na Rua Comendador Araújo. Seu primeiro presidente foi Luiz Aníbal Calderari. Depois de uma estada por alguns anos na Biblioteca Pública, a entidade passou a usar a estrutura do Centro de Letras do Paraná.

Agora a Academia está instalada em novo endereço, o Palacete dos Leões, graças a contatos preliminares mantidos pelo acadêmico Celso de Macedo Portugal com seu amigo Abel Olivet Filho, alto funcionário do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, que intercedeu junto a Ana Teresinha Ribeiro Vicente que representa a diretoria de cultura do BRDE e responde pelo Espaço Cultural conhecido como Palacete dos Leões. A proposição da Academia de Letras foi por não apenas usufruir do espaço físico do Palacete nas suas reuniões mensais, mas por manter uma parceria com o BRDE, tendo por objetivo a promoção da cultura.

No dia 2 de julho do ano em curso, Arioswaldo Trancoso Cruz, presidente da ALJA, e sua vice Anita Zippin, fizeram uma visita de cortesia em petit comité ao Palacete dos Leões, acompanhados dos acadêmicos Celso de Macedo Portugal, Hamilton Bonat, Tânia Rosa Ferreira Cascaes e Francisco Souto Neto, para agradecer a Ana Teresinha Ribeiro Vicente e a toda a diretoria do BRDE pela concretização da referida parceria.

 O Palacete dos Leões, um dos mais significativos marcos da história arquitetônica de Curitiba, foi inaugurado em 1902 para servir de residência a Agostinho Ermelino de Leão Júnior. Construído num estilo eclético pelo engenheiro Cândido de Abreu, incorpora tendências de variadas épocas, mas foram as villas e os palazzos italianos que mais o inspiraram. A fachada, acima da escadaria, compõe-se de cinco portas em arco, ladeadas por colunas com capitéis coríntios e entremeadas de pilastras, todas compondo a galeria de entrada que conta com duas pequenas salas em suas extremidades, abrindo-se em seu centro para os dois enormes salões principais. No passado, entretanto, o salão principal era o que se localizava no lado sul, com entrada independente após escada e varanda. Quando, em 1906, o presidente Afonso Pena veio a Curitiba, hospedou-se no Palacete Leão Júnior porque não existia hotel que estivesse à altura do ilustre visitante.

  Leão Júnior morreu em 1907. Sua viúva, Maria Clara de Abreu Leão, passou a comandar os negócios da família, do ramo ervateiro, até à sua morte em 1935. E o palacete foi passando às gerações seguintes da família Leão, até que no final dos anos 70, com a morte de uma das matriarcas, a propriedade foi vendida à IBM, que restaurou magnificamente o palacete para transformá-lo num espaço público para exposições de arte. Assim como acontece com os antigos palácios particulares europeus, que se transformam em museus abertos ao público, o Palacete Leão Júnior foi presenteado à comunidade curitibana.

O BRDE, ao comprar o imóvel, manteve a tradição de abrigar exposições de artes plásticas e promover noites de autógrafos em lançamento de livros nos salões da mansão. Sempre ampliando o seu apoio à cultura, agora dá guarida ­à tradicional e respeitada Academia de Letras José de Alencar, que no dia 20 de agosto de 2014 ali realizou sua primeira reunião formal, que passa a chamar-se “picnic (ou piquenique) cultural” por sugestão da vice-presidente, ao qual compareceram o presidente Arioswaldo Trancoso Cruz, a vice Anita Zippin, os acadêmicos Nylzamira Cunha Bejes, Ariadne Zippin, Dione Mara Souto da Rosa, João Carlos Cascaes, Hamilton Bonat, Celso de Macedo Portugal e Francisco Souto Neto, e o convidado e futuro acadêmico Claudinei Roncolatto.

Espaço Cultural BRDE e Academia de Letras José de Alencar seguem agora lado a lado rumo a um destino que certamente fará História na cultura paranaense.

(Francisco Souto Neto – Agosto de 2014)

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FOTOGRAFIAS QUE DOCUMENTAM O ENCONTRO HISTÓRICO

 

No dia 2 de julho de 2014, Arioswaldo Trancoso Cruz, presidente da ALJA – Academia de Letras José de Alencar, e sua vice Anita Zippin, fizeram uma visita de cortesia em petit comité ao Palacete dos Leões, acompanhados dos acadêmicos Celso de Macedo Portugal, Hamilton Bonat, Tânia Rosa Ferreira Cascaes e Francisco Souto Neto, para agradecer a Ana Teresinha Ribeiro Vicente e a toda a diretoria do BRDE pela concretização da referida parceria.

 

(SEMPRE CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA EM DETALHES)

 

FOTO 38Francisco Souto Neto, Tânia Rosa Ferreira Cascaes, Anita Zippin e Hamilton Bonat chegando ao Palacete dos Leões (ao fundo) para a visita a Ana Teresinha Ribeiro Vicente, representante da diretoria do BRDE e responsável pelo Espaço Cultural BRDE.

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FOTO 39: Hamilton Bonat, Arioswaldo Trancoso Cruz, Anita Zippin e Tânia Rosa Ferreira Cascaes na escadaria de entrada ao Palacete dos Leões.

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FOTO 40: Hamilton Bonat, Arioswaldo Trancoso Cruz, Anita Zippin, Celso de Macedo Portugal, Ana Teresinha Ribeiro Vicente e Tânia Rosa Ferreira Cascaes no interior do palacete.

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FOTO 41Ao final da visita ao Palacete dos Leões, a diretoria da Academia de Letras José de Alencar. Arioswaldo Trancoso Cruz, Hamilton Bonat, Celso de Macedo Portugal, Francisco Souto Neto, Tãnia Rosa Ferreira Cascaes.

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FOTO 42: Fim da visita de cortesia. Anita Zippin, Celso de Macedo Portugal, Francisco Souto Neto e Tânia Rosa Ferreira Cascaes.


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Adiante, no dia 20 de agosto de 2014 realizou-se o 1º Picnic Cultural (nome que Anita Zippin sugeriu dar às reuniões da ALJA) no Palacete dos Leões. Abaixo, algumas fotografias do evento.

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FOTO 43Ariadne Zippin (Pan em Casa) encarrega-se dos quitutes para serem degustados após a reunião. À direita, o acadêmico João Carlos Cascaes documenta em filme e fotografias o acontecimento.

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FOTO 44: Os acadêmicos Ariadne Zippin e Francisco Souto Neto. Atrás, João Carlos Cascaes regula suas poderosas câmeras.

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FOTO 45: Durante a reunião: Dione Mara Souto da Rosa e Anita Zippin.

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FOTO 46: Nylzamira Cunha Bejes, Dione Mara Souto da Rosa e Anita Zippin.

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FOTO 47: Claudinei Roncolatto, Hamilton Bonat, Arioswaldo Trancoso Cruz.

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FOTO 48: Ao final da reunião, Celso de Macedo Portugal e Francisco Souto Neto.


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Adiante, a segunda reunião (ou Picnic Cultural) da Academia de Letras José de Alencar no Palacete dos Leões ocorreu no dia 17 de setembro de 2014.

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FOTO 49: Arioswaldo Trancoso Cruz e Francisco Souto Neto à esquerda, e Dione Mara Souto da Rosa e Ariadne Zippin à direita.

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FOTO 50: O lanche Pan em Casa providenciado por Ariadne Zippin.

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FOTO 51: O presidente Arioswaldo Trancoso Cruz dá início à reunião ao lado da vice Anita Zippin.

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FOTO 52: Logo que o presidente abre a sessão, é lida por Souto Neto e aprovada a ata da reunião anterior.

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FOTO 53: Os acadêmicos Dione Mara Souto da Rosa, Nylzamira Cunha Bejes e Hamilton Bonat.

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FOTO 54: Ao final da reunião, os acadêmicos Hamilton Bonat, Lílian Guinski, Francisco Souto Neto e Anita Zippin.

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FOTO 55: Ao término da reunião, Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto e Hamilton Bonat ajudam Anita Zippin, pelas ruas, a levar as sobras dos quitutes para o carro (com algumas pausas para descanso), enquanto foram feitas as descontraídas, felizes e divertidas fotos através dos 150 metros de calçadas… 

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FOTO 56: Ao término da reunião, Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto e Hamilton Bonat ajudam Anita Zippin, pelas ruas, a levar as sobras dos quitutes para o carro (com algumas pausas para descanso), enquanto foram feitas as descontraídas, felizes e divertidas fotos através dos 150 metros de calçadas… 

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FOTO 57: Ao término da reunião, Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto e Hamilton Bonat ajudam Anita Zippin, pelas ruas, a levar as sobras dos quitutes para o carro (com algumas pausas para descanso), enquanto foram feitas as descontraídas, felizes e divertidas fotos através dos 150 metros de calçadas… 

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FOTO 58: Ao término da reunião, Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto e Hamilton Bonat ajudam Anita Zippin, pelas ruas, a levar as sobras dos quitutes para o carro (com algumas pausas para descanso), enquanto foram feitas as descontraídas, felizes e divertidas fotos através dos 150 metros de calçadas… 

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FOTO 59: Acima, foto por Francisco Souto Neto: o Palacete dos Leões.

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FOTO 60: Acima, foto por Francisco Souto Neto: detalhe do interior do Palacete dos Leões.

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FOTO 61: Acima, foto por Francisco Souto Neto: detalhe do teto do Palacete dos Leões.

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FOTO 62: Acima, foto por Francisco Souto Neto: detalhe do teto do Palacete dos Leões.

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FOTO 63: Acima, foto por Francisco Souto Neto: sobre a lareira, retratos do casal Agostinho Ermelino de Leão Júnior e Maria Clara de Abreu Leão.

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FOTO 64: Acima, foto por Rubens Faria Gonçalves: Francisco Souto Neto na penúltima sacada do Palacete dos Leões.

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FOTO 65: Acima, foto por Francisco Souto Neto: detalhes do balcão na fachada lateral Palacete dos Leões.

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FOTO 66: Acima, foto por Francisco Souto Neto: fachada do Palacete dos Leões

 

(SEMPRE CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA EM DETALHES)


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No dia 15 de outubro de 2014, Arioswaldo Trancoso Cruz, presidente da ALJA – Academia de Letras José de Alencar, e sua vice Anita Zippin, conduziram a terceira reunião (ou Picnic Cultural) realizada no Palacete dos Leões, cujo principal assunto da pauta foi a preparação para as solenidades da reunião festiva de novembro, com a admissão de novos acadêmicos. Participaram, além do presidente e da vice, os seguintes acadêmicos: Orlando Woczikosky, Janske Niemann Schlenker, Hamilton Bonat, Nylzamira Cunha Bejes e Francisco Souto Neto, e os que ingressarão na Academia no próximo mês: Iza Zilli, Charyana Gamballe Correia, Adriano Pires Ribas e Claudinei Roncolatto. Adiante, mais 15 fotografias tiradas durante a reunião, numeradas de 67 a 80.


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FOTO 67: Acima, em primeiro plano os acadêmicos Hamilton Bonat e Janske Niemann Schlenker. Ao fundo, o futuro acadêmico Adriano Pires Ribas.

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FOTO 68: Acima, logo que o presidente abre a sessão, é lida e aprovada a ata da reunião anterior.

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FOTO 69: Acima, o futuro acadêmico Claudinei Roncolatto e a acadêmica Nylzamira Cunha Bejes.

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FOTO 70: Acima, torta de uvas oferecido por Geraldo Fuchs, marido da vice-presidente Anita Zippin.

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FOTO 71: Acima, torta de maçã oferecida pela vice-presidente Anita Zippin.

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FOTO 72: Acima, a futura acadêmica Iza Zilli e a vice-presidente Anita Zippin.

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FOTO 73: Acima, Anita Zippin presta uma homenagem ao presidente Arioswaldo Trancoso Cruz.

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FOTO 74: Acima, Iza Zilli e Anita Zippin, e a mesa do “Picnic Cultural”.

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FOTO 75: Acima: Francisco Souto Neto e os grandes poetas Nylzamira Cunha Bejes, Arioswaldo Trancoso Cruz e Orlando Woczikosky.

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FOTO 76: Acima:  Charyana Gambelle Correia, Francisco Souto Neto, Arioswaldo Trancoso Cruz, Orlando Woczikosky e Iza Zilli.

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FOTO 77:  Hamilton Bonat, Francisco Souto Neto, Arioswaldo Trancoso Cruz, Orlando Woczikosky, Iza Zilli e Anita Zippin.

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FOTO 78Francisco Souto Neto e sua afilhada Iza Zilli.

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FOTO 79: Anita Zippin e Charyana Gambelle Correia com a reprodução da obra de arte de Arioswaldo Trancoso Cruz, o mesmo que aparece seguido por Nylzamira Cunha Bejes e Orlando Woczikosky.

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FOTO 80: Francisco Souto Neto, Charyana Gambelle Correia e Claudinei Roncolatto.


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No dia 27 de novembro de 2014realizou-se a sessão magna da Academia de Letras José de Alencar, a quarta no Palacete dos Leões, quando quatro associados passaram a titulares, ocupando cadeiras patronímicas: Luislinda Dias de Valois-Santos na cadeira nº 6, Hamilton Bonat na cadeira nº 19, Lilian Deise de Andrade Guinski na cadeira nº 23 e Francisco Souto Neto na cadeira nª 26. Foram também admitidos os novos sócios titulares: Adriano Pires Ribas, Charyana Gamballe Correia, Claudinei Roncolatto, Estela Carmem Pereira Sandrini (Teca Sandrini), Iza Zilli e a sócia-correspondente Regina Celi Simões Ângelo. Em seguida, um coquetel comemorou o Jubileu de Diamante da Academia (75 anos de fundação). Onze fotografias registram a festividade.


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FOTO 81: Embora eu já fosse membro da Academia de Letras José de Alencar, somente a partir de 27.11.2014 passei a ocupar uma cadeira patronímica, a de nº 26. Acima, o convite para a cerimônia realizada no Palacete dos Leões, com ingresso de novos sócios como parte da comemoração do Jubileu de Diamante (75 anos de fundação) da Academia. O patrono da cadeira 26 por mim ocupada é Emiliano Perneta.

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FOTO 82: Diploma que recebo da Academia de Letras José de Alencar como ocupante da cadeira patronímica nº 26.

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FOTO 83: A acadêmica Dione Mara Souto da Rosa, sobrinha de Francisco Souto Neto, coloca-lhe a toga nos ombros.

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FOTO 84: Dione Mara Souto da Rosa (de costas) e Francisco Souto Neto.

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FOTO 85: Discurso de Francisco Souto Neto.

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FOTO 86: Luislinda Dias de Valois-Santos e Francisco Souto Neto.

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FOTO 87: Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves.

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FOTO 88: Isabelle Aguilar, Francisco Souto Neto e Dione Mara Souto da Rosa.

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FOTO 89: Estela Carmem Pereira Sandrini (Teca Sandrini) e Francisco Souto Neto.

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FOTO 90: Vanessa Malucelli Andersen, Francisco Souto Neto e Iza Zilli.

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FOTO 91 de Rubens Faria Gonçalves, como todas as outras  83 a 90 (exceto a 87, de João Carlos Cascaes). Palacete dos Leões com iluminação noturna. Acima da escada, Francisco Souto Neto e Dione Souto Rosa. Em primeiro plano, em meio à escada, Isabelle Aguilar.

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FOTO 92: Francisco Souto Neto colocando a toga os ombros de Iza Zilli (foto Vanessa Malucelli Andersen)

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FOTO 93: Charyana Gamballe Correia e Francisco Souto Neto (foto Waldo Rafael).

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FOTO 94: Francisco Souto Neto, Luislinda Dias de Valois-Santos, Lélia Brown, Estela Carmem Pereira Sandrini (Teca Sandrini) e Iza Zilli.


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No dia 27 de novembro de 2014, Francisco Souto Neto passou a ocupar a cadeira patronímica nº 26 (cujo patrono é Emiliano Perneta), o que ficou registrado na câmera de João Carlos Cascaes, neste endereço do YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Fit-Ig1BSMM

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Foto 95: Crônica de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Jornal Centro Cívico – Ano 13 – Edição 119 – Outubro de 2014

Francisco Souto Neto

Um endereço de sensatez em tempos de discursos de ódio

É brutal a diferença entre as eleições presidenciais atuais e as do passado. Nas de 1960 concorriam Jânio Quadros e o marechal Lott. De tanto ouvir as marchinhas dos candidatos – hoje diríamos jingles – vindas dos incansáveis alto-falantes dos carros, elas ficaram na minha memória. A de Jânio dizia “Varre, varre, vassourinha”, e lembro-me também de: “Ele vem aí / não demora não / ele vem aí / com uma vassoura na mão”. E a do marechal era assim: “De leste a oeste / do sul ao norte / a terra brasileira / é uma bandeira / é o marechal Teixeira Lott”. Vivíamos uma época em que no Paraná ainda não existia televisão e a vida transcorria serena e sem sobressaltos.

Após 54 anos, neste atual tempo de eleições, as pessoas têm me parecido um tanto “robotizadas” por não se cansarem de mandar para o meu endereço eletrônico verborrágicos discursos de ódio, com até mesmo pastores destilando fel ao status quo, como se este destinatário fosse suscetível a propagandas subliminares contra seja qual for o candidato ou partido político. Essa histeria coletiva não consegue alcançar cidadãos apolíticos como eu, que transito à vontade entre amigos de variadas tendências políticas, existenciais e até filosóficas, e que dispenso orientações eleitoreiras.

Os surpreendentes métodos utilizados atualmente nas fraudes políticas seriam inimagináveis há poucos anos. Por exemplo, no noticiário do meu provedor Terra, mostrou-se a que ponto pode chegar uma fraude, como aquela na qual Lula aparentemente declara – e o faz com a sua voz inconfundível – que passou a apoiar a candidatura de Marina Silva. As palavras ditas por Lula conferem exatamente com o movimento dos seus lábios… tudo, entretanto, criado e adaptado por recursos sofisticados de computador, com o propósito de enganar os eleitores e a opinião pública. Nessa situação em que cada um deseja impor ao outro as suas opiniões em meio a recíprocos bombardeios promovidos por suas próprias ideologias antagônicas, eu tenho presenciado amizades antigas se desintegrarem.

Meu amigo Rubens Faria Gonçalves também comentou comigo – e ele está certo – o incrivelmente alto número dos candidatos que vociferam apoiando-se em objetivos religiosos e em livros sagrados, em vez de, com objetividade, se comprometerem com os anseios dos cidadãos, principalmente no que concerne a saúde, educação, direitos humanos, segurança pública e repúdio à corrupção.

Em meio ao caos existente na tevê e na internet, enquanto eu procurava por algo mais saudável para ver ou ouvir, entrei no canal de um amigo no YouTube – o meu confrade João Carlos Cascaes – que no seu primeiro comunicado a eventuais ouvintes, apresentou-se no quadro “Quem sou”, e a certa altura declarou: “Entendam que sou, antes de mais nada, uma pessoa que adora a liberdade, principalmente a liberdade intelectual. Não admito tutela, não admito subserviência, não aceito que nenhuma religião, teologia, filosofia, nem mesmo time de futebol, nada me governe. Eu quero sempre ter a liberdade para analisar, pensar e escolher aquilo, ou aquele pensamento, ou aquela impressão que me empolgou e que eu goste de compartilhar com vocês. Vocês verão filmes que talvez não lhes agradem, e outros em melhor sintonia com as suas ideias. Numa troca de informações entre nós, poderemos melhorar tudo. O mundo e a evolução da humanidade dependem muito da honestidade intelectual, material, da honestidade profissional, da capacidade que nós tivermos de viver de acordo com os melhores princípios e com aquelas crenças que muitas vezes hipocritamente vemos pessoas dizendo que têm, mas que na vida prática, na vida real, acabamos descobrindo diferenças muito grandes. Então está aí o meu canal… os meus ideais, a minha lógica, a minha maneira de ser, e espero que gostem”. O amplo conceito de liberdade de Cascaes coincide com minha maneira de pensar. Paralelamente, ele pede mais atenção aos deficientes físicos e propõe uma maior divulgação de Libras, a língua brasileira de sinais.

Nestas e noutras palavras de João Carlos Cascaes finalmente revelou-se na internet uma ilha de serenidade, de lucidez e equilíbrio. Como se vê, basta procurar para encontrar fontes de sensatez.

(Francisco Souto Neto – Setembro de 2014)

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OBSERVAÇÃO:

A gravação feita na abertura de seu canal do YouTube pelo meu confrade João Carlos Cascaes (da Academia de Letras José de Alencar), referida na minha crônica acima, poderá ser vista e ouvida na íntegra no seguinte endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=McjQhRRoIHQ

Francisco Souto Neto

Curitiba, 2 de outubro de 2014.

 

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FOTO 96: Crônica de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Para publicação em Novembro de 2014

Professoras da minha infância: os inocentes e as bruxas

Francisco Souto Neto

Na minha meninice, ia-se para o jardim-da-infância aos seis anos. O meu foi em 1950 no Colégio Sant’Ana, Ponta Grossa, na esquina da Av. Bonifácio Vilela com a Rua do Rosário. No primeiro dia eu e meu vizinho da mesma idade, Carlos Roberto Emílio, fomos levados pela minha irmã Ivone, de onze anos, que estudava na mesma escola. Tratava-se de um colégio feminino, de freiras, todavia o jardim-da-infância era misto e funcionava ao fundo do pátio do recreio, num pavilhão alcançado por escadaria externa. Minhas recordações são vagas, porém lembro-me de janelinhas ao lado dessa escadaria, que eram os respiros do porão, mas que os colegas chamavam de “o quarto escuro”, para onde as “irmãs” – as freiras – mandariam as crianças desobedientes. Entretanto as religiosas eram bondosas. Elas às vezes passavam entre as carteiras carregando imensos painéis com cenas bíblicas, enquanto contavam histórias. Eu usava chuca-chuca e cabelos meio compridos que, contudo, não ultrapassavam o limite da nuca. Além do amigo Carlinhos, lembro-me apenas de mais um colega do jardim-da-infância: Álvaro Correia de Sá Filho. Que teria sido feito dele e de todos os demais, meninos e meninas?

Em 1951, cabelo cortado, fui para o 1º ano do curso primário na Escola de Aplicação, esquina da Rua Dr. Colares com a Augusto Ribas, atrás do Cine Ópera. Os cabelos grisalhos da professora, dona Maria Antônia, eram unidos numa única longa trança levada para o alto da cabeça e presa em círculos, formando impressionante coroa. Começamos a escrever com lápis, e só no segundo semestre encontramos tinteiros embutidos nas carteiras, quando cada aluno recebeu uma pena. Pena era o nome da caneta de madeira, em cuja extremidade havia uma pena metálica. Ao lado, o indispensável mata-borrão. Passamos a conviver com nossos dedos indicador, médio e polegar manchados de tinta azul. Maria Antônia era severa e irritada. Numa das primeiras aulas uma garotinha errou a lição, e essa professora agarrou-a pelos cabelos, sacudiu-a como um crocodilo faz com sua presa, atirando-a contra duas carteiras que ao se deslocarem derrubaram outras crianças. Petrifiquei de pavor ao ver que bruxas existiam e Maria Antônia deveria ser a rainha delas. Durante todo o ano deu tapas na cabeça das crianças e eventuais beliscões. Por motivos ignotos, fui poupado. Embora eu nunca tenha apanhado de meus pais – que não batiam nos filhos – naquele tempo genitores e professores violentos eram comuns. No 2º ano primário, no mesmo colégio, minha professora chamava-se Ida, e foi a mudança da bruxa para a fada. No 3º ano já em Campo Grande, no Colégio Oswaldo Cruz, minha professora era linda, delicada, chamada Agnes, e foi a primeira paixão de muitos de nós aos 9 anos. O 4º ano primário foi em Presidente Venceslau, SP, e meu professor Armando, cego de nascença, era o mais competente da cidade, além de boníssimo. Sua secretária chamava-se Zilda.

De volta a Ponta Grossa, o curso de admissão ao ginásio era ministrado por dona Armida, que mantinha sobre sua mesa uma palmatória de madeira. Cursei os quatro anos seguintes no Ginásio Ponta-grossense, ou “Academia”. Durante aqueles quatro anos minha professora de Matemática foi dona Adelaide, uma terrível reedição de Maria Antônia. Desde logo revelou-se tirana, distribuindo “croques” (cascudos) nos meninos que eram chamados ao quadro-negro e erravam a lição. Quando muito irritada, pegava o pesado livro de chamada, de capa dura, e o lascava na cabeça da criança. Para nunca apanhar dela, eu estudei Matemática ferozmente, com sucesso. Sempre passei de ano com notas não exemplares, mas suficientes. Ao concluir o ginásio, aliviado por ficar livre da professora, em represália esqueci tudo o que aprendi da megera, e até hoje conto nos dedos. Na Academia, a antítese a Adelaide foram os professores Zanoni, Paschoal e Joselfredo, respectivamente de Português, Francês e Geografia, muito queridos pelos alunos.

Depois, no Curso Científico, tive professores intelectuais, como a de Literatura Francesa, que tinha o apelido de Grací (era Maria da Graça Aguiar Armellini, e depois Maria da Graça Trèny), que abria sua casa para falar aos alunos sobre literatura, pintura, música, cinema, teatro, tal como a Madame de Rambouillet do século XVII, que abria seu Salão Azul para reuniões com a intelectualidade parisiense, que inspiraram inovações sociais, culturais, arquitetônicas e literárias. Dona Graci foi preciosa amizade que levei por toda a vida. Mas esta já é uma outra história de tempos melhores…

(Francisco Souto Neto – Novembro de 2o14)


OBSERVAÇÃO:

 

ADIANTE, ALGUMAS FOTOGRAFIAS DA ÉPOCA E LUGARES A QUE SE REFERE A CRÔNICA ACIMA.

 

Na FOTO 97  acima: Carlos Roberto Emílio, Francisco Souto Neto (ambos aos seis anos de idade) e Ivone Barbosa Souto (aos 11 anos). Foto de Arary Souto, registrando a saída para o primeiro dia de Souto Neto e Carlinhos no jardim-da-infância, Colégio Sant’Ana. A ordem era: os três de mãos dadas, por motivo de segurança, até chegarem ao colégio, uns quinze quarteirões adiante. Recordo-me de ter baixado um pouco a cabeça, porque o sol era muito forte e feria meus olhos.


FOTO 98: Francisco Souto Neto de chuca-chuca aos seis anos, com seu velocípede no fundo do quintal.

FOTO 99Aos seis anos, no fundo do quintal, entre os pés de milho.

FOTO 100: No quintal uma das galinhas de estimação com seus pintinhos.

FOTO 101: Já no 1º ano do curso primário, finalmente com o cabelo cortado. Foto no fundo do quintal. Atrás de todos, Edith Barbosa Souto. Ao centro, Ivone com seu gato Juju. Ladeando a Ivone, estão Francisco Souto Neto (à esquerda) com sua galinha Dengosa, e Carlos Roberto Emílio à direita, com outra galinha de estimação. Em frente à Ivone, o menor de todos, que era o amiguinho (e vizinho) Saulo de Tarso Schmidt Vasconcellos, que faleceria aos 7 anos num triste acidente. 

FOTO 102: Entre as galinhas de estimação, Ivone Barbosa Souto e as crianças Francisco Souto Neto, João José Pinto Maia e Graziela Pinto Maia (Grazinha). A galinha ao centro é a Dengosa. Abaixo à direita, a galinha com pintinhos é a Corriqueira, e à direita é a galinha preta de pescoço pelado que se chamava Birro.

FOTO 103: Arary Souto e Edith Barbosa Souto: natais com imensas e maravilhosas árvores natalinas. 

FOTO 104: Natal em casa: Olímpio Souto, Zilá Lopes, Padre Pedro com Francisco Souto Neto, Nêmesis de Lima, Edith Barbosa Souto e Ivone Barbosa Souto.

FOTO 105: Francisco Souto Neto aos 7 anos: voar nos DC-3 da Real Aerovias era como um passe de mágica.

FOTO 106: Francisco Souto Neto aos 8 anos com o gato Juju, no “morrinho”, o terreno baldio que havia em frente à sua casa (à direita, na Rua Visconde de Nacar, 149, em Ponta Grossa). A primeira casa abaixo era do Sr. Constante Schmidt e Dª Anastácia, pais de Dª Alicinha e avós do Saulo de Tarso Schmidt Vasconcellos. Atravessando a rua (à esquerda) era a casa de Alberto Ferreira Emílio e Dª Ada, cujos filhos Adalberto e Sílvio casaram-se, respectivamente, com minha tia Iraty e minha prima Lindamir.
 
FOTO 107: Rua Visconde de Nacar, 149, em Ponta Grossa, a casa da minha infância (tela de Ruben Esmanhotto). Era uma casa grande, com quatro quartos no andar térreo e dois quartos no sótão… No térreo Francisco Souto Neto brincava de ser Capitão Marvel, o super-herói da época… mas ao temível sótão não subia desacompanhado, porque acreditava que lá viviam, atrás das paredes, os pavorosos monstros da sua imaginação que ficavam à espreita: o terribilíssimo “homem-de-ferro” (o robô), as assustadoras almas penadas do outro mundo, o horrível vampiro de Béla Lugosi e o monstruoso Frankenstein de Boris Karloff...

DANDO UM SALTO DE ALGUNS ANOS, PARA LEMBRAR OS TEMPOS DO GINÁSIO:

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FOTO 108: Francisco Souto Neto aos 12 anos, no 1º ano do ginásio, com sua mãe Edith Barbosa Souto, entrando em casa. Neste período residiram no casarão da Rua Augusto Ribas, 571, em Ponta Grossa, que ficava entre a Rua XV de Novembro e a Marechal Deodoro, a uns 50 metros do Cine Ópera e ao lado da Câmara Municipal. Tanto o casarão, quanto o prédio da Câmara, foram demolidos e em seu lugar existe hoje uma gigantesca agência do Banco do Brasil. O outro casarão que aparece ao fundo, do outro lado da rua , é do século XIX e continua a existir no corrente ano de 2014.

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FOTO 109: Edith Barbosa Souto, mãe de Francisco Souto Neto, para lembrar seus familiares nos tempos do ginásio.

FOTO 110Arary Souto, pai de Francisco Souto Neto, para lembrar seus familiares nos tempos do ginásio.

FOTO 111 Olímpio Souto, irmão de Francisco Souto Neto, para lembrar seus familiares nos tempos do ginásio.
FOTO 112: Ivone Barbosa Souto (Ivone Souto da Rosa após casar-se), irmã de Francisco Souto Neto, para lembrar seus familiares nos tempos do ginásio.

FOTO 113Francisco Souto Neto aos 16 anos, em casa, ao concluir o curso ginasial.

FOTO 114: Em dezembro de 1959 Francisco Souto Neto conclui o curso ginasial pelo Ginásio Ponta-grossense, mais conhecido por “Academia”. As solenidades da formatura realizaram-se no palco do Cine Teatro Ópera. Seu pai Arary Souto foi convidado a integrar a mesa das autoridades, na qualidade de diretor da Rádio Central do Paraná. Quando Francisco Souto Neto foi chamado ao palco para receber o diploma, para sua surpresa este lhe foi entregue pelo seu próprio pai.

FOTO 115: Lembrando da casa da Rua Augusto Ribas nº 571, onde Francisco Souto Neto e irmãos moravam no 1º andar, vizinhos dos Pereira Jorge que tinham a entrada pela porta da calçada. A entrada à casa de Francisco Souto Neto fazia-se pelo portão do lado direito, através da alta escadaria que levava ao 1º andar. O prédio ao lado esquerdo, depois do duplo poste, é a antiga Câmara Municipal. O casarão ficava entre a Rua Marechal Deodoro e a XV de Novembro, em cuja esquina localiza-se até hoje o Edifício Ópera e o Cine-Teatro Ópera.  

 

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POST-SCRIPTUM:

 

No começo do século XXI, em 2004 para ser mais exato, o jornalista Adriano Justino, da Gazeta do Povo, fez uma sensível reportagem sobre os animais da vida de Souto Neto, mais exatamente sobre a chegada do chihuahua Paco Ramirez, ocasião em que se referiu nominalmente às galinhas de estimação da sua infância, tais como Funegundas, Dengosa, Birro, Pafúncia… o que poderá ser visto e lido neste endereço:

 

http://viagenseopinioes.blogspot.com.br/2011/09/paco-ramirez-el-corazon-de-souto-neto.html

  

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FOTO 116: Crônica de Francisco Souto Neto para o Jornal Centro Cívico

Para publicação em Dezembro de 2014

Emiliano Perneta, Enói Renée Navarro Swain e Adalto de Araújo revisitados no Jubileu de Diamante da Academia de Letras José de Alencar

Francisco Souto Neto

Em Curitiba todos conhecem a Rua Emiliano Perneta, mas poucos sabem que essa via pública homenageia aquele que em 1911, numa festa no Passeio Público, foi aclamado “o príncipe dos poetas paranaenses”. Nascido em 1866 e considerado o maior poeta do Paraná em seu tempo, começou influenciado pelo Parnasianismo, mas foi um dos precursores do Simbolismo. Fez sucesso em São Paulo e no Rio, onde residiu, como jornalista e poeta. Abolicionista, proferiu palestras em defesa dos ideais libertários. Publicava artigos políticos e literários, e foi um grande divulgador, em Curitiba, do poeta francês Baudelaire. Nesta Capital, em 1912 foi um dos fundadores do Centro de Letras do Paraná. Falecido em 1921, ele é o patrono da cadeira nº 26 da Academia de Letras José de Alencar. 

Adalto Gambassi de Araújo foi o primeiro ocupante da cadeira 26 da Academia de Letras acima mencionada. Ele tem uma histórica que se liga à minha família. Nascido em Ponta Grossa em 1922, era filho de Adalberto Carvalho de Araújo. Seu pai, Adalberto, e meu pai, Arary Souto, ambos jornalistas, entre as décadas de 40 e 50 foram pares de diretoria no Jornal do Paraná, então o diário mais importante da cidade. O pai de Adalto era o diretor superintendente, e meu pai, Arary, o diretor de redação. Em 1952 Adalto de Araújo lançou o livro de poemas “Cântico para o século XX”, inovador e revolucionário em termos literários. Meu pai publicou no jornal um elogio a esse livro e daí surgiu a ideia de oferecer a Adalto uma página dupla, literária, nas edições dominicais, que foi a primeira do gênero em Ponta Grossa. E tem mais: Adalto era irmão da crítica de arte Adalice Araújo, que escrevia aos domingos na Gazeta do Povo. A saudosa Adalice, portanto irmã de Adalto, foi minha querida e grande amiga, falecida em 2012, e inúmeros dos nossos contatos estão perpetuados na imprensa, e agora também na web.

 Enói Renée Navarro Swain, escritora, jornalista e pedagoga, nascida em 1920, dedicou-se ao ensino. Sobre seus livros, escreveu Helena Kolody: “são livros de mãe e de mestra – de mãe que acompanhou, vivendo com amor a infância dos filhos; de mestra possuidora de larga visão pedagógica e seguro conhecimento da psicologia infantil”. Enói Renée lia Shakespeare para as filhas desde que elas eram pequenas. Bonecas não eram presentes comuns, e sim, cubos mágicos e brinquedos fantásticos que aguçassem a criatividade das meninas. Membro da Academia de Letras José de Alencar, ocupou a cadeira 26 e faleceu em 2009.

 É a esses grandes escritores que tenho a honra de suceder desde a noite de 27 de novembro de 2014, quando passei a ocupar a cadeira patronímica nº 26 da Academia de Letras José de Alencar, que naquela ocasião elegeu sua nova diretoria em comemoração ao Jubileu de Diamante – 75 anos da fundação – daquela casa de cultura. Foram admitidos seis novos associados efetivos: Adriano Pires Ribas, Charyana Gamballe Correia, Claudinei Roncolatto, Estela Carmem Pereira Sandrini (Teca Sandrini), Iza Zilli e e Regina Celi Simões Ângelo. Quatro acadêmicos foram elevados a titulares, assumindo cadeiras patronímicas: Luislinda Dias de Valois-Santos na Cadeira 6, Hamilton Bonat na Cadeira 19, Lilian Deise de Andrade Guinski na cadeira 23, e eu, Francisco Souto Neto, na Cadeira 26.

 Ao mesmo tempo tomou posse a diretoria para o próximo biênio, que ficou assim constituída: Anita Zippin (presidenta), Arioswaldo Trancoso Cruz (vice-presidente), Celso de Macedo Portugal (1º secretário), Francisco Souto Neto (2º secretário), Janske Niemann Schlenker (1ª tesoureira), Nylzamira Cunha Bejes (2ª tesoureira), Hamilton Bonat (diretor de relações públicas), João Carlos Cascaes (diretor de comunicações), Tânia Rosa Ferreira Cascaes (diretora sócio-cultural); Joatan Marcos de Carvalho (1º orador) e José Wanderlei Resende (2º orador), um grupo coeso e irmanado em prol da cultura e das letras, pela grandeza do Paraná.

(Francisco Souto Neto – Dezembro de 2014)

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No dia 27 de novembro de 2014, realizou-se sessão magna da Academia de Letras José de Alencar, a quarta no Palacete dos Leões, quando quatro associados passaram a titulares, ocupando cadeiras patronímicas: Luislinda Dias de Valois-Santos na cadeira nº 6, Hamilton Bonat na cadeira nº 19, Lilian Deise de Andrade Guinski na cadeira nº 23 e Francisco Souto Neto na cadeira nª 26. Foram também admitidos os novos sócios titulares: Adriano Pires Ribas, Charyana Gamballe Correia, Claudinei Roncolatto, Estela Carmem Pereira Sandrini (Teca Sandrini), Iza Zilli e a sócia-correspondente Regina Celi Simões Ângelo. Em seguida, um coquetel comemorou o Jubileu de Diamante da Academia (75 anos de fundação). 

Ao mesmo tempo tomou posse a diretoria para o próximo biênio, que ficou assim constituída: Anita Zippin (presidenta), Arioswaldo Trancoso Cruz (vice-presidente), Celso de Macedo Portugal (1º secretário), Francisco Souto Neto (2º secretário), Janske Niemann Schlenker (1ª tesoureira), Nylzamira Cunha Bejes (2ª tesoureira), Hamilton Bonat (diretor de relações públicas), João Carlos Cascaes (diretor de comunicações), Tânia Rosa Ferreira Cascaes (diretora sócio-cultural); Joatan Marcos de Carvalho (1º orador) e José Wanderlei Resende (2º orador). Adiante encontra-se a íntegra do discurso de Francisco Souto Neto e fotografias registram a festividade.

No discurso de Francisco Souto Neto, o elogio ao patrono e aos seus antecessores na cadeira nª 26:

 

 

Aqui, entre as duas fotos abaixo, você assiste e ouve ao discurso de cinco minutos de Francisco Souto Neto ao assumir a Cadeira Patronímica nº 26 da Academia de Letras em 27.11.2014:

 

FOTO 117: Francisco Souto Neto assume a Cadeira Patronímica nº 26 de Emiliano Perneta.

 

 

NO LINK ABAIXO, O DISCURSO DE POSSE DE FRANCISCO SOUTO NETO:

 

https://www.youtube.com/watch?v=zdzYcCf96Do

 

FOTO 118: Francisco Souto Neto no seu discurso de posse.

 

Eméritos Sr. Presidente e Srª Vice-presidente,

 Prezados confreiras e confrades,

 Autoridades presentes,

 Srªs e Srs. Convidados.

 

É o impossível, pois, que eu amo, unicamente,

A névoa que fugiu, a forma evanescente,

A sombra que se foi tal qual uma visão…

 

E por isso também, por isso é que eu suponho

Que a vida, em suma, é um grande e extravagante Sonho,

E a Beleza não é mais do que uma Ilusão!

 

São versos de EMILIANO PERNETA, conhecido como Príncipe dos Poetas Paranaenses, o principal representante do Simbolismo no Paraná. Ele é o patrono da cadeira nº 26 nesta Academia de Letras José de Alencar, que a partir de hoje tenho a honra de passar a ocupar. Ao mesmo tempo agradeço ao presidente Arioswaldo Trancoso Cruz, à vice Anita Zippin e a TODOS os demais acadêmicos que tão fraternal e calorosamente me acolheram nesta egrégia Casa de cultura.

 Meus dois antecessores na cadeira patronímica 26 foram Enói Renée Navarro Swain e Adalto Gambassi de Araújo.

 Enói Renée, escritora, jornalista e pedagoga, dedicou-se ao ensino. Sobre seus livros, escreveu Helena Kolody: “são livros de mãe e de mestra – de mãe que acompanhou, vivendo com amor a infância dos filhos; de mestra possuidora de larga visão pedagógica e seguro conhecimento da psicologia infantil”. Nascida em 1920 em Cerro Azul, sempre morou em Curitiba. Enói Renée lia Shakespeare para as filhas desde que elas eram pequenas. Bonecas não eram presentes comuns, e sim, cubos mágicos e brinquedos fantásticos que aguçassem a criatividade das meninas. Faleceu em 2009 e é ainda lembrada com saudade e carinho pelos seus amigos desta Academia.

 Adalto de Araújo, primeiro ocupante da cadeira 26, tem uma história que se liga à minha família. Ele nasceu em Ponta Grossa em 1922 e era filho de Adalberto Carvalho de Araújo. Seu pai, Adalberto, e meu pai, Arary Souto, ambos jornalistas, entre as décadas de 40 e 50 foram pares de diretoria no Jornal do Paraná, o diário mais importante da cidade. O pai de Adalto era o diretor superintendente, e meu pai, Arary, o diretor de redação. Em 1952 Adalto de Araújo lançou o livro de poemas “Cântico para o século XX”, inovador e revolucionário em termos literários. Meu pai publicou no jornal um elogio a este livro e daí surgiu a ideia de oferecer a Adalto uma página dupla, literária, nas edições dominicais, que foi a primeira do gênero em Ponta Grossa. E tem mais: Adalto era irmão da crítica de arte Adalice Araújo, certamente conhecida por todos os presentes, que escrevia aos domingos na Gazeta do Povo. A saudosa Adalice, portanto irmã de Adalto, foi minha querida e grande amiga, falecida em 2012, e inúmeros dos nossos contatos estão perpetuados na imprensa, e agora também na web.

 Tudo isto gravita ao redor de Adalto de Araújo. Mais uma demonstração, minha querida amiga e madrinha Anita Zippin, de que há uma mecânica misteriosa, incompreensível, como uma espécie de mandala cósmica, alinhavando as nossas vidas que, neste instante presente, aqui na Academia de Letras José de Alencar, faz uma ponte indelével com a minha infância.

 Ao concluir, vou ler uma pequena poesia bem-humorada do visionário Adalto de Araújo, escrita na década de 40. Ele certamente tinha assistido ao filme Metropolis, do diretor Fritz Lang, um dos expoentes do neo-expressionismo alemão, quando pela primeira vez no cinema concebeu-se a visão de um robô. Em sua poesia, Adalto incorpora o “homem-máquina”, e seu título é “Fala o Sr. Robott”:

 FALA O SR. ROBBOT

 

É bom que eu diga, enfim, sem mais tardança,

Para evitar mais confusões, senhores,

O meu corpo, que pasmem os doutores,

É um Robbot que em suas peças dança.

 

Meus membros são de ferro incorruptível

E se articulam com peças estranhas,

E tenho em meu tronco, em vez de entranhas,

Um perfeito motor ultra-sensível.

 

Apanho as ondas com o meu radar…

Gravo o que ouço com fios! Meus olhos são

Células fotoelétricas e o coração

As correntes controla em seu pulsar.

 

Ouço à distância mais do que um vidente…

Capto até a harmonia dos espaços

E se quiser voar, estendo os braços

E vou brincar co’as nuvens – doidamente.

 

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FOTOGRAFIAS DAS SOLENIDADES E DO COQUETEL:

FOTO 119 – O convite para a solenidade.

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FOTO 120: Os convidados vão chegando ao Palacete dos Leões para a solenidade. Em primeiro plano, Teca Sandrini com sua filha. Ao fundo, à direita, Yara Cruz e Janske Niemann Schlenker. Atrás de Teca Sandrini, estão Claudinei Roncolatto e esposa. Atrás, Francisco Souto Neto conversa com Rubens Faria Gonçalves e Isabelle Aguilar. (Foto João Carlos Cascaes)

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FOTO 121: Os convidados continuam chegando. Iza Zilli (de preto) conversa com Teca Sandrini, Anita Zippin (de costas) fala com Dione Mara Souto da Rosa. À extrema direita, Charyana Gamballe Correia vê sua mãe (entre Iza e Anita). Ao fundo, Isabelle Aguilar e Rubens Faria Gonçalves observam o movimento. (Foto João Carlos Cascaes)

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FOTO 122: Tânia Rosa Ferreira Cascaes e Francisco Souto Neto. (Foto Waldo Rafael)

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FOTO 123: À esquerda, Francisco Souto Neto e à direita Hamilton Bonat. De costas, Luislinda Dias de Valois-Santos e Tânia Rosa Ferreira Cascaes. De frente, Arioswaldo Trancoso Cruz (um pouco encoberto por Luislinda) e Anita Zippin. (Foto João Carlos Cascaes) 

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FOTO 124: A mesa diretora.

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FOTO 125: Francisco Souto Neto coloca a toga nos ombros de Iza Zilli, nova sócia-efetiva. (Foto João Carlos Cascaes)

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FOTO 126: Francisco Souto Neto dá um laço nos galões prateados de Iza Zilli. (Foto João Carlos Cascaes)

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FOTO 127Dione Mara Souto da Rosa (de costas) aproxima-se para colocar a toga nos ombros de seu tio Francisco Souto Neto, elevado a sócio-efetivo. (Foto Rubens Faria Gonçalves)

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FOTO 128: Francisco Souto Neto recebe a diplomação das mãos de Joatan Marcos de Carvalho. (Foto João Carlos Cascaes)

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FOTO 129: Anita Zippin convida Francisco Souto Neto a proferir o seu discurso. (Foto Rubens Faria Gonçalves)

FOTO 130: O discurso de Francisco Souto Neto ao assumir a cadeira patronímica nº 26, de elogio aos seus antecessores e ao patrono Emiliano Perneta.

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FOTO 131: Durante o coquetel, Estela Carmem Pereira Sandrini (Teca Sandrini) e Francisco Souto Neto. (Foto Rubens Faria Gonçalves)

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FOTO 132: Durante o coquetel, Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves. (Foto Isabelle Aguilar)

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FOTO 133Durante o coquetel, detalhe da foto de Francisco Souto Neto e Iza Zilli. (Foto Rubens Faria Gonçalves)

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Fim das fotos da Academia de Letras.

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TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014

 No dia 8 de dezembro de 2014 ocorreu um fato que nada tem a ver com a cerimônia acima relatada, da minha posse na Academia de Letras, mas como ocorreu apenas 11 dias após aquela, será comentada aqui neste espaço, e algumas fotografias ilustrarão este texto. 

É que Francisco Souto Neto foi homenageado com o TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014 por Carlos Queiroz Maranhão, devido a seu trabalho como jornalista desde a década de 70, com colunas em jornais e revistas, culminando com as crônicas que vem publicando no Jornal Centro Cívico há sete anos. A entrega dos troféus deu-se no Restaurante Madalosso.

As fotografias de nª 34 ao nº 52 foram tiradas com a câmera de Rubens Faria Gonçalves. As de nº 53 a 57 são as oficiais do evento, feitas pela equipe de Carlos Maranhão (Fotos Studio Karam). As de nº 58 a 62 foram tiradas pelo próprio Francisco Souto Neto no dia seguinte, em casa, com câmera automática.



FOTO 139: Dione Mara Souto da Rosa e Isabelle Aguilar com Francisco Souto Neto.

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FOTO 140: Francisco Souto Neto entre seus convidados Anita Zippin e o marido Geraldo Fuchs.

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FOTO 141: Francisco Souto Neto e seu convidado Rubens Faria Gonçalves.

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FOTO 142: Francisco Souto Neto entre seus convidados para a cerimônia do recebimento do TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014.

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FOTO 143: Anita Zippin, Rubens Faria Gonçalves e Geraldo Fuchs.

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FOTO 144: Francisco Souto Neto entre suas convidadas (sobrinhas) Dione Mara Souto da Rosa e Isabelle Aguilar.

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FOTO 145: Francisco Souto Neto momentos antes do recebimento do prêmio.

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FOTO 146: Francisco Souto Neto recebe o TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014 das mãos de Carlos Queiroz Maranhão.

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FOTO 147: Francisco Souto Neto retorna à sua mesa com o TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014.

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FOTO 148: Lylian Betty Tamplin Vargas e Francisco Souto Neto foram pares de diretoria da Sociedade de Amigos dos Museus de Curitiba no começo da década de 90, ela na presidência e ele como diretor-secretário.

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FOTO 149: Francisco Souto Neto com o seu TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014, entre as sobrinhas Isabelle Aguilar e Dione Mara Souto da Rosa.

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FOTO 150: Foto Studio Karam: mesa de Francisco Souto Neto com seus convidados: Anita Zippin e Geraldo Fuchs, Dione Mara Souto da Rosa e filha Isabelle Edith Aguilar da Rosa, e Rubens Faria Gonçalves.

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FOTO 151 Studio Karam: após o jantar, Carlos Queiroz Maranhão entrevista Francisco Souto Neto.

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FOTO 152: No dia seguinte, em casa, Francisco Souto Neto com o diploma do TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014.

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FOTO 153: O diploma do Troféu Imprensa em cartolina de grandes dimensões (33cm x 48cm).  Além do troféu propriamente dito, e do diploma, Carlos Queiroz Maranhão entregou um presente personalizado a Francisco Souto Neto (e aos demais homenageados) que consiste numa placa de vidro, uma espécie de alegoria na qual se lê: “EM 2014 EU SOU TROFÉU IMPRENSA DO BRASIL – FRANCISCO SOUTO NETO”.


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QUEM DESEJAR CONHECER A HISTÓRIA E O POR QUÊ DO TROFÉU IMPRENSA BRASIL, RECOMENDO CLICAR ABAIXO E LER A EXPLICAÇÃO. MUITO OBRIGADO:

É só clicar:

https://fsoutone.blogspot.com/2016/11/recebo-o-premio-cidade-de-curitiba-o.html


Francisco Souto Neto no tapete vermelho para receber o Troféu Imprensa Brasil.


Enquanto o empresário Sílvio Santos mantém a marca "Troféu Imprensa" para uso em São Paulo, onde a premiação é destinada exclusivamente a artistas, Carlos Maranhão, aqui no Paraná, mantém a franquia concedida para áreas de atuação muito mais amplas, porque abrangem uma diversificada premiação a profissionais liberais, e aos setores comercial e industrial. Alcança também políticos, membros do judiciário e as classes social e artística.


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RECORTES DE JORNAIS:

 

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FOTO 155: Acima, notícia publicada no CORREIO PARANAENSE de 28.11.2014, página 48.

FOTO 156: Acima, nota publicada por Wilson de Araújo Bueno em sua coluna de 29.11.2014 da Gazeta do Povo.

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FOTO 157: Acima, notícia publicada no CORREIO PARANAENSE de 28.11.2014, página 48.

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MENÇÃO EM LIVRO

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FOTO 158: Acima, capa do livro MENSAGEIRO, de J. C. de Saints, que leu um artigo meu sobre o Cárcere Mamertino, em Roma, e pediu-me permissão para valer-se de minhas palavras na obra literária e histórica que estava realizando. Eu concordei, naturalmente, e o livro foi lançado em 2014. Na primeira semana do ano seguinte ele me enviou um exemplar, com a dedicatória constante da FOTO 159 abaixo.


FOTO 159: Acima, a dedicatória.

Quem quiser ler o trecho do livro, poderá encontrá-lo neste endereço:

https://fsoutoneto.blogspot.com/2015/08/livro-mensageiro-de-jc-de-saints.html

 

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NOTÍCIAS ATRAVÉS DA INTERNET:

 

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FOTO 160: O jornalista Aroldo Murá gentilmente divulga minha informação dos dias e horários em que o CANAL HISTORY CHANNEL, programa DETETIVES DA HISTÓRIA, levará ao ar a história sobre O ELEFANTE SEM IDENTIDADE, com a entrevista que referido programa fez comigo e com minha prima Lúcia Helena Souto Martini.

FOTO 161: Capa do jornal GAZETA DO SANTA CÂNDIDA  que reproduziu um artigo meu que vai estampado abaixo, na FOTO 162.

FOTO 162 – O meu artigo “Quem ainda não recebeu aquele texto cabotino que se propõe a dar uma ‘belíssima aula’ sobre a palavra ‘presidenta’?” reproduzido no Jornal do Santa Cândida.

FOTO 163 – O jornalista Aroldo Murá, sempre atento ao mundo cultural paranaense, informou quando nós, da diretoria da Academia de Letras José de Alencar, passamos a ocupar o Palacete dos Leões, por gentileza do BRDE, como sede provisória.

FOTO 164 – Convidei minha amiga Iza Zilli a ser sócia da Academia de Letras José de Alencar após ter seu ingresso previamente aprovado pela ALJA em reunião de diretoria. Em “Conexão Cultura Iza Zilli”, a jornalista divulga o acontecimento.

FOTO 165Em 22 de dezembro de 2014 a jornalista Iza Zilli anunciava em seu Blog que eu recebi o Troféu Imprensa por minha atuação no mundo cultural paranaense. Na fotografia, eu com o casal Anita Zippin e Geraldo Fuchs.

 

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FOTOGRAFIAS:

 

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FOTO 166 – Eu tinha uma cadeirinha Luís XVI estofada com veludo vermelho desde o começo da década de 70. Na foto acima, vê-se minha saudosa tia Mariinha que na década de 60 possuía diversas delas no hall da entrada particular do elevador do apartamento onde residia, no Edifício Bretagne, em São Paulo. Tirei a fotografia acima em 1965, portanto há quase 60 anos. Foi essa linda tia, irmã de meu pai, quem despertou meu interesse por móveis Luís XV e Luís XVI.

FOTO 167 – Minha Tia Mariinha, ao casar-se com Homero Silva (o mais importante apresentador da televisão em São Paulo) na década de 50, foi morar numa linda mansão na Av. Brasil da capital paulista. Ela comprou seu mobiliário na loja Móveis Belas Artes, com sede na Rua Xavier de Toledo nº 88, que era a mais fina casa de móveis de São Paulo. Eles tinham com exclusividade exímios artesãos franceses que entalhavam essas cadeiras à mão, com notável perfeição e respeito aos estilos franceses. A foto é de uma propaganda em revista do fim da década de 40, quando a impressão a cores ainda não existia.

 

FOTO 168 – Em 1971 eu tinha somente uma dessas lindas cadeiras. Na foto acima, estou eu em minha casa em Ponta Grossa, sentado ao chão com o braço recostado na referida cadeira.

FOTO 169 – Pois no ano de 2014 eu encontrei num antiquário da Av. Rebouças em São Paulo, uma “irmã” da cadeira Luís XVI, com uma única diferença: a sua madeira entalhada era simplesmente encerada e o veludo de um vermelho escuro, quase um bordeaux. Comprei-a com o propósito de reformá-la para que ficasse idêntica à minha peça original. Na foto, as cadeiras lado a lado: a minha e a comprada no antiquário.

FOTO 170 – Eu aprendi que antes de fazer o folheamento a ouro, a madeira teria que ser pintada de verde escuro ou de preto. Optei pelo verde. Isto aconteceu no mês de janeiro de 2014. E então comecei a fazer o folheamento com as lâminas próprias para o folheamento sobre madeira.


FOTO 171 – Depois de seca a tinta verde, começa o revestimento com finíssimas folhas de ouro. Essas folhas são tão fininhas e leves, que o simples respirar sobre elas pode fazê-las voar. E as mãos de quem faz esse trabalho  não podem ter nada de umidade. Primeiro é preciso passar uma verniz (que é uma cola) sobre o lugar, que é a tinta verde, onde vai ser aplicada a folha de ouro como revestimento. A aplicação da folha de ouro só pode ser feita quando o verniz estiver “mordente” (nem líquido, nem seco). Para ser feito o revestimento na cadeira toda, levam-se semanas de trabalho... ou até meses, se a dedicação não for exclusiva.

FOTO 172 – Passados quase dois meses e finalmente terminei a folheação a ouro na cadeira. A partir de então, mandei a um profissional para ele trocar o veludo por um novo e vermelho. O resultado foi este: as cadeiras “irmãs” tornaram-se... gêmeas.

FOTO 173 – Também fiz um folheamento na poltroninha do Paco, e eis o resultado.

FOTO 174 – Agora a poltrona victoriana ganhou uma miniatura... e cada cachorro tem a poltrona equivalente ao seu tamanho. Mandei esta fotografia a uma revista nacional, que a publicou.

FOTO 175 – Vida que segue: em janeiro nasceram mais algumas “hatas” na minha sacada.

FOTO 176 – Rubens visita-me na companhia de sua linda prima Ana Jorge Branco, que mora em Portugal com o marido e dois filhos.





FOTO 180 –  Passo uns dias em Caiobá com meu amigo Rubens e nossos respectivos cachorros.

 
FOTO 181 – O homem, um trabalhador, puxando sua “loja ambulante”.


FOTO 184 –  Passeio na praia.

FOTO 185 –  Passeio na praia.

FOTO 186 –  Passeio na praia.

FOTO 187 –  Passeio na praia.

FOTO 188 – Uma foto de Paco e Tibério antes de voltarmos a Curitiba.




FOTO 189 –  Paco deitado na porta da sala da biblioteca.

FOTO 190 –  Ricardo Freire, assessor de Teca Sandrini diretora do MON (Museu Oscar Niemeyer) vem entrevistar-me sobre o tempo em que fui Assessor de Diretor no Banco do Estado do Paraná, Assessor do Presidente e ainda Assessor para Assuntos de Cultura, buscando informações para uma grande exposição sobre esse tema, que seria realizada no MON, e que essa exposição se tornaria um livro de luxo sobre as exposições do referido Museu Oscar Niemeyer.

FOTO 191 –  Ricardo Freire com algum material sobre o Museu Banestado, por mim idealizado e que fazia parte do meu extenso Programa de Cultura do Banestado.

 FOTO 192 –  Uma brincadeira que fiz em público partindo do seguinte: ao lado do prédio onde eu residia, duas lindas casas foram demolidas para ali ser construído em prédio de apartamentos. Começaram a construir um local para exposição da maquete do prédio e para servir de local de vendas, rente à calçada. Mas por motivos que desconheço, interromperam essa construção do que seria o escritório de vendas, que ficou em estado de abandono. Parecia um barraco inacabado de alguma favela. Então eu escrevi um cartaz e colei na parede, como se aquele espaço estivesse para ser alugado para a próxima Copa do Mundo de Futebol, e um dos jogos seria realizado na mesma Rua Mauá, no Estádio Couto Pereira, a apenas 5 quarteirões à frente. Escrevi no cartaz: "ALUGO ESTE BARRACO PRA COPA”. E então eu ria as pessoas que por ali passavam, detinham-se e caiam na risada por causa do ridículo cartaz. Achei a brincadeira divertidíssima e provoquei o bom humor de muitas pessoas desconhecidas.








FOTO 200 –  SHAZAM!  BUUUUM!

FOTO 201 –  Quem nasceu nas décadas de 30, 40 e 50 (e que por sorte ainda continua vivo) conhece muito bem o Capitão Marvel.

FOTO 202 –  Paco dormindo à luz do generoso sol de julho.

FOTO 203 – Apresentadas a mim por minha querida amiga Adriana Granville, estas lindas moças Calliandra de Souza Anderle e Joana Alves vieram conhecer e fotografar o Paco Ramirez.

FOTO 204 – Eu com Joana e Calliandra... e o Paco.


FOTO 205 – Momentos do Paco.

FOTO 206 – Momentos do Paco.


FOTO 207 – Momentos do Paco.



FOTO 209 –  Reunião com os colegas da Academia de Letras José de Alencar no Palacete Leão.


FOTO 211   Com Paco e Tibério.

FOTO 212   Na exposição do MON sobre a cultura divulgada pelo Banestado, a alegria de encontrar meu nome nos textos escritos nas paredes do museu. A exposição durou alguns meses.

FOTO 218   Na exposição do MON sobre a cultura divulgada pelo Banestado, a alegria de encontrar meu nome nos textos escritos nas paredes do museu. A exposição durou alguns meses.
 

FOTO 219 – A visita de minha prima Eliana Acedo, de Taubaté, SP.



FOTO 222   A visita de minha prima Eliana Acedo. Levo-a a conhecer a estátua do Papa.

FOTO 223 – A visita de minha prima Eliana Acedo. Aqui nos jardins do Museu Oscar Niemeyer, ao lado de escultura de minha amiga Elizabeth Titon.

FOTO 224 – A visita de Anita Zippin.

FOTO 225 – A visita de Anita Zippin.





FOTO 226 – Nos meses frios a praia de Caiobá é inteiramente nossa... ou melhor, é deles, os cachorros.

FOTO 227 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 228 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 229 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 230 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 231 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 232 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 233 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 234 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 235 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 236 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 237 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 238 –  Paco e Tibério curtindo a praia.

FOTO 239 – Epa!





FOTO 240 – Meu 71º aniversário.

FOTO 241 – Meu 71º aniversário.

FOTO 242 – Meu 71º aniversário.

FOTO 243 – Meu 71º aniversário.

FOTO 244 – Meu 71º aniversário.

FOTO 245 – Meu 71º aniversário.

FOTO 246 – Meu 71º aniversário.

FOTO 247 – Meu 71º aniversário.

FOTO 248 – Na esquina da Rua Mauá com a Euzébio da Motta, o muro do Tribunal de Justiça do Paraná estava quase desabando sobre as pessoas que passavam por aquela calçada. É ali, no quarteirão inteiro, que o TJPR usa como estacionamento. A rachadura estava aumentando a olhos vistos. No prédio do quarteirão seguinte (que é o mais alto edifício do Juvevê e um dos mais altos de Curitiba) localiza-se a presidência. Já que ninguém tomava providências, reclamei diretamente ao presidente. Nem resposta recebi. O que fiz então? Chamei a televisão e o assunto foi ao ar. Só então a administração e presidente “tomaram vergonha” a área foi isolada e o muro reconstruído.


FOTO 249 – Na esquina da Rua Mauá com a Euzébio da Motta, o muro do Tribunal de Justiça do Paraná estava quase desabando sobre as pessoas que passavam por aquela calçada. É ali, no quarteirão inteiro, que o TJPR usa como estacionamento. A rachadura estava aumentando a olhos vistos. No prédio do quarteirão seguinte (que é o mais alto edifício do Juvevê e um dos mais altos de Curitiba) localiza-se a presidência. Já que ninguém tomava providências, reclamei diretamente ao presidente. Nem resposta recebi. O que fiz então? Chamei a televisão e o assunto foi ao ar. Só então a administração e presidente “tomaram vergonha” a área foi isolada e o muro reconstruído.


FOTO 250 – Na esquina da Rua Mauá com a Euzébio da Motta, o muro do Tribunal de Justiça do Paraná estava quase desabando sobre as pessoas que passavam por aquela calçada. É ali, no quarteirão inteiro, que o TJPR usa como estacionamento. A rachadura estava aumentando a olhos vistos. No prédio do quarteirão seguinte (que é o mais alto edifício do Juvevê e um dos mais altos de Curitiba) localiza-se a presidência. Já que ninguém tomava providências, reclamei diretamente ao presidente. Nem resposta recebi. O que fiz então? Chamei a televisão e o assunto foi ao ar. Só então a administração e presidente “tomaram vergonha” a área foi isolada e o muro reconstruído.


FOTO 251 – Na esquina da Rua Mauá com a Euzébio da Motta, o muro do Tribunal de Justiça do Paraná estava quase desabando sobre as pessoas que passavam por aquela calçada. É ali, no quarteirão inteiro, que o TJPR usa como estacionamento. A rachadura estava aumentando a olhos vistos. No prédio do quarteirão seguinte (que é o mais alto edifício do Juvevê e um dos mais altos de Curitiba) localiza-se a presidência. Já que ninguém tomava providências, reclamei diretamente ao presidente. Nem resposta recebi. O que fiz então? Chamei a televisão e o assunto foi ao ar. Só então a administração e presidente “tomaram vergonha” a área foi isolada e o muro reconstruído.


FOTO 252 – Na esquina da Rua Mauá com a Euzébio da Motta, o muro do Tribunal de Justiça do Paraná estava quase desabando sobre as pessoas que passavam por aquela calçada. É ali, no quarteirão inteiro, que o TJPR usa como estacionamento. A rachadura estava aumentando a olhos vistos. No prédio do quarteirão seguinte (que é o mais alto edifício do Juvevê e um dos mais altos de Curitiba) localiza-se a presidência. Já que ninguém tomava providências, reclamei diretamente ao presidente. Nem resposta recebi. O que fiz então? Chamei a televisão e o assunto foi ao ar. Só então a administração e presidente “tomaram vergonha” a área foi isolada e o muro reconstruído.


FOTO 253 – Na esquina da Rua Mauá com a Euzébio da Motta, o muro do Tribunal de Justiça do Paraná estava quase desabando sobre as pessoas que passavam por aquela calçada. É ali, no quarteirão inteiro, que o TJPR usa como estacionamento. A rachadura estava aumentando a olhos vistos. No prédio do quarteirão seguinte (que é o mais alto edifício do Juvevê e um dos mais altos de Curitiba) localiza-se a presidência. Já que ninguém tomava providências, reclamei diretamente ao presidente. Nem resposta recebi. O que fiz então? Chamei a televisão e o assunto foi ao ar. Só então a administração e presidente “tomaram vergonha” a área foi isolada e o muro reconstruído.


FOTO 254 – Na esquina da Rua Mauá com a Euzébio da Motta, o muro do Tribunal de Justiça do Paraná estava quase desabando sobre as pessoas que passavam por aquela calçada. É ali, no quarteirão inteiro, que o TJPR usa como estacionamento. A rachadura estava aumentando a olhos vistos. No prédio do quarteirão seguinte (que é o mais alto edifício do Juvevê e um dos mais altos de Curitiba) localiza-se a presidência. Já que ninguém tomava providências, reclamei diretamente ao presidente. Nem resposta recebi. O que fiz então? Chamei a televisão e o assunto foi ao ar. Só então a administração e presidente “tomaram vergonha” a área foi isolada e o muro reconstruído.

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ATENÇÃO!

Eu mesmo filmei e fiz a denúncia ao mesmo tempo, falando enquanto filmava. São apenas 59 segundos. Veja e ouça ligando o som. Clique aqui:


FOTO 255 – Vamos com os cachorros a uma exposição nos jardins do MON.

FOTO 256 – Vamos com os cachorros a uma exposição nos jardins do MON.

FOTO 257 – Vamos com os cachorros a uma exposição nos jardins do MON.

FOTO 258 – Vamos com os cachorros a uma exposição nos jardins do MON.

FOTO 259 – Vamos com os cachorros a uma exposição nos jardins do MON.

FOTO 260 – Vamos com os cachorros a uma exposição nos jardins do MON.

FOTO 261 – Fim do ano.

FOTO 262 – Fim do ano.

FOTO 263 – Fim do ano.


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Abaixo, um vídeo reduzido da entrega do TROFÉU IMPRENSA DO BRASIL 2014 a FRANCISCO SOUTO NETO como destaque na cultura paranaense.

https://www.youtube.com/watch?v=Am37Qau9sdM


Abaixo, o filme que mostra a exposição do MON com parte do acervo de arte do antigo Banestado e menciona como Francisco Souto Neto teve parte no desenvolvimento da cultura  no Paraná.

https://www.youtube.com/watch?v=uHEv-UmBhco




 

FIM DO ANO 2014

 

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2 de setembro de 2023:

80 ANOS ESTA NOITE

 

CONTINUA NA

PARTE  38

O ano 2015

 

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Francisco Souto Neto em 2023 aos 80 anos.


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